sábado, 19 de dezembro de 2015

Léo e Bia... Capítulo Final...



Não aprendi dizer adeus...
Não, nós temos um problema sério com essa palavra, que causa um buraco enorme dentro do nosso coração...
Então porque nos maltratar se podemos dizer um até breve?
Léo e Bia tem muita coisa ainda pra contar, mas para quem me perguntou, sim, eu postarei  livro inteiro...
O que teremos tanto para o e-book como para o livro físico é aquele gostinho de quero mais...
Aquele Epílogo, só que o nosso um pouquinho mais especial...
Pois teremos ali o gancho fundamental do segundo livro, que mesmo sem data para estreia, terá muita coisa pra contar....
Por isso não quero ver minhas marrentinhas tristes...
Léo e Bia estarão de volta em janeiro na Amazon e em formato físico pela minha querida Editora Ler Editorial, com tudo que tem direito...
Além de se aventurarem muito castigando as ruas de Santa Maria...
Esse é o tipo de casal, assim como Artur e Linda que não conseguimos apenas dizer adeus e virar as costas...
Sempre terá espaço para um presente, bônus e até mesmo livro...
Então....
Alegria...
Que hoje é dia de festa, amores...

                                   



Capítulo Final...
"Tem gente que tem cheiro de rosa, de avelã... Tem o perfume doce de toda manhã... Você tem tudo, você tem muito... Muito mais que um dia eu sonhei pra mim... Tem a pureza de um anjo querubim... Eu trocaria tudo pra te ter aqui... Eu troco minha paz por um beijo seu... Eu troco meu destino pra viver o seu... Eu troco minha cama pra dormir na sua... Eu troco mil estrelas pra te dar a lua... E tudo que você quiser... E se você quiser te dou meu sobrenome..."
Luan Santana – Tudo que você quiser
           
-Será que ele vai gostar – olhava no espelho pela décima vez depois da minha mudança no visual.
            -Sabe que sim – a mãe chegou por trás ajustando meu vestido. – Ele é louco por você, querida. E acima de tudo, – seus olhos brilharam no reflexo do espelho – está linda.
            -Obrigada, mãe – sorrimos cúmplices. – Por tudo.
            -Bia, tudo que fizer por você será pouco perto do que lhe devo, filha. – virei  encarando-a .
            -Você não me deve nada, mãe, de verdade. Estou feliz por poder compartilhar este dia contigo – a abracei.
            -Não tanto quanto eu, meu amor. Nunca deixaria você sozinha, principalmente no dia do seu noivado.
            -Estou tão nervosa – voltei para o espelho arrumando meu vestido creme, com detalhes brilhantes, até a altura das coxas e decote princesa.
            -E os pesadelos?
            -A noite passada foi mais tranqüila – suspirei lembrando as noites mal dormidas depois que acordei do coma por conta de pesadelos horríveis.
            -Vai ficar tudo bem, filha. A terapia e os remédios vão te ajudar.
            -Eu sei. Obrigada por ter ficado, mãe – fui sincera.
            -Prometi que cuidaria de você e é isso que estou fazendo. É claro, quando o João e o Leonardo me deixam – sorri, dos cuidados recebidos por meus dois homens. – Tirei licença do trabalho para isso, e eles entenderam.
            -Não quero prejudicar teu emprego, mãe.
            -Eles me deram o tempo que fosse necessário. Mas volto depois do noivado. Você está melhor e bem amparada, mas ainda quero ajudar em todos os preparativos do casamento. Quem sabe podemos comprar o vestido em São Paulo? – ela disse receosa, porém relaxou quando sorri.
-Seria maravilhoso, tem cada loja lá, vou ficar perdida.
-Nós vamos encontrar o vestido perfeito para você.
-Não vejo a hora.
-O Léo também – o pai entrou no quarto. – O garoto já ligou três vezes, acho melhor irmos antes que ele venha te pegar à força – rimos.
            -Quero ver quem segurará esse menino no dia do casamento.
            - Acho que só o Boi, Maria Elisa – sorrimos felizes por conta da alta que meu amigo teve naquele dia.
            -Então vamos logo matar seu peão do coração, Maria Beatriz – respirei fundo e saí junto com meus pais rumo à Fazenda Palmital, onde tínhamos organizado nossa festa de noivado, quinze dias depois do pedido de casamento.
Esses últimos dias foram bem complicados para mim devido aos pesadelos, que fizeram com que Léo escalasse minha janela quase em todas as noites. Também estava com sérios problemas com lugares fechados, me sufocando cada vez que tinha que entrar em um deles.
A terapia, que havia voltado a fazer desde a semana da minha alta, estava me ajudando, porém ainda não conseguia me conter, principalmente quando a noite caia, sendo amparada sempre por meu pai, minha mãe e meu noivo que estava todos os dias em casa.
Os remédios também estavam sendo monitorados, enfatizando os florais, mesmo que os de tarja preta ainda fizessem parte da minha vida. Mas o psiquiatra dizia que era apenas para me adaptar novamente com minha nova realidade depois da tragédia e que logo ele poderia diminuí-los e até retirá-los, deixando apenas os florais.
Tinha algumas ideias em mente para poder ajudar tanto as vítimas como as famílias da tragédia, porém para colocá-las em prática teria que ter ajuda tanto financeira quanto estrutural, por isso, conversaria com Léo depois sobre isso.
Perdida em meus pensamentos, não vi quando a Bandeirante de meu pai parou em frente à Casa Grande da fazenda.
-Vamos, filha? – ele estendeu sua mão para que eu pegasse.
-Vamos – respirei fundo vendo Boi vindo ao nosso encontro, porém Maria Elisa foi mais rápida.
-Ai, Boi, que bom! Agora posso te dar um abraço de verdade – e o pegou nos braços, mesmo ele tendo quase dois metros e ela, bem... Maria Elisa era tão pequena quanto eu.
-Olha, Dona Maria Elisa, se não tivessem me falado antes tudo que tinha acontecido, juro que ia pensar  que estava delirando.
-Boi – João ralhou.
-Ele tem razão, João, mas vocês me receberam de braços abertos – ela sorriu tímida.
-O que importa para a gente é a felicidade dessa marrenta aí – apontou para mim. – Se a Bia está feliz, todos nós também estamos – minha mãe deu espaço para que meu amigo me abraçasse. – O que fizeram com a minha amiga, quem é essa garota? – sorri feliz. O Boi estava de volta.
Na verdade, Boi havia acordado com tudo no dia que fui pedida em casamento. Brigando com Léo por não ter esperado ele acordar para conversar sobre o casamento. E foi ali que descobrimos que mesmo em coma, ele havia escutado algumas coisas, diferente de mim, que dormi como uma pedra, palavras dele, que me fizeram bater em seu ombro, mesmo dentro da UTI.
-Será que ele vai gostar?
-Pela ansiedade que o guri está, acho que nem vai reparar – deu de ombros.
-Eu mato ele.
-Voltamos ao normal, então? – sorrimos.
-Nós estamos lá dentro – o pai acenou saindo com Maria Elisa.
-Quem diria, hein? – Boi os acompanhou com o olhar.
-Quem diria – repeti. – Mas estou feliz, ela mudou.
-Eu vi – peguei seu braço e fomos andando devagar até a tenda montada para a festa, atrás da casa, perto da piscina.
Acho que nunca havia comentado, mas a Casa Grande tinha uma piscina muito gostosa, que era pouco usada por conta do frio que fazia aqui.
-Como está sendo voltar para a vida real?
-Estou ainda meio zonzo – sorriu.
-Eu sei como é.
-E os pesadelos?
-A noite passada foi tranqüila.
-Claro. O Léo não apareceu no hospital à noite, deve ter te dado um trato – bati no teu braço.
-Olhe o respeito, guri.
-Marrentinha, todo mundo sabe que tu não tens pesadelo quando está com seu noivo – fez graça.
-O pior é você agora namorando – levantei as mãos repetindo sua graça. – Imaginou acordar namorando e ainda abençoado pela mãe, o Padre Olavo e o sogro?
-Culpa sua – ele riu.
-Minha nada. Só dei um empurrãozinho, tchê. Tu estavas babando nela. Mas falando sério, ela é bem legal.
-Acho que estou apaixonado – confessou baixinho.
-O quê? Não ouvi direito.
-Pare de me encher, marrentinha – Boi estava envergonhado.
-Obrigada, amigo, de verdade – parei na sua frente, olhando dentro dos seus olhos.  – Tu me salvaste.
-Eu e o Léo que abriu a marretada aquela parede – senti meus olhos encherem de lágrimas e fui abraçada por meu melhor amigo. – Eu prometi para ele que cuidaria de ti, Bia.
-Eu sei e vou lhe dever minha vida para sempre – fui sincera.
-E eu a minha. Estamos quites? – sorri apertando sua mão, agora estendida para mim.
-Estamos.
-Vamos entrar então, antes que o Senhor Monstro do Curral resolva atacar – gargalhei em meio às lágrimas e entrei de braços dados com ele.
-Espero que a Mirela não fique com ciúmes.
-Acha. Ela te chama de cupido até hoje – sorri. – Preocupação mesmo tu terás com aquele guri ali – apontou para Léo que mantinha os olhos fixados no meu, catatônico. – Vai lá, antes que seu noivo me estrangule.
-A gente se vê – beijei seu rosto.
Segui em direção a Léo que ainda se mantinha parado no meio da tenda, e pelo caminho sorri, cúmplice para Jessy, minha querida amiga e quase cunhada, que havia passado a tarde comigo e a mãe no cabeleireiro e estava agarrada, para variar no pescoço do André. Observei meus queridos sogros que conversavam animadamente com meu pai e Maria Elisa e por fim cheguei onde ansiava, nos braços do meu amor.
-Oi – falei tímida, não obtendo nenhuma reação de Léo. – Amor?
-Tu... – tocou alguns fios do meu cabelo, agora na altura do pescoço. -Maria Beatriz – ele estava sem fala. – Tu estás linda, parece um anjo. Seu cabelo... – sorri, deitando minha cabeça na palma da sua mão.
-Queria te fazer uma surpresa. E mudar um pouco também, por isso, optei pelo corte chanel e uma tonalidade mais loira. Estamos começando uma nova vida, não é? – assentiu.
-Vou ter trabalho – agarrou minha cintura, sussurrando no meu ouvido. – não entendo nada desse negócio de tonalidade, mas de uma coisa eu sei. Estás mais gostosa... Mais mulher... – gemi me derretendo nos seus braços.
-Eu quero você, amor – pedi manhosa.
-Precisa avisar o Delegado que não dormirá em casa hoje – meus olhos brilharam entendendo aonde sua malícia chegava. – Precisamos consumar esse noivado.
-Jura?
-Não estás vendo meu estado? – tentou disfarçar, se esfregando em mim.
-Estou com tanta saudade – beijei seu pescoço, o arrepiando.
-Tu não imaginas o que vou fazer quando te pegar – urrou no meu ouvido, descendo a mão para minha bunda. – Te amo, pequena.
-Também te amo, muito – nos beijamos e quando nossas línguas se encontraram Léo agarrou minha nuca, puxando-me para mais perto dele.
-Procurem um quarto – rimos praticamente dentro da boca do outro.
-Cala a boca, Boi – nos separamos um pouco e vimos nosso amigo de mãos dadas com Mirela, acompanhados de Jessy e André, que também tinham se aproximado.
-Vocês são tão lindinhos juntos.
-Que isso, Jessianny, parece que nunca viu a gente – Léo ralhou com a irmã, me virando de frente para eles e abraçando minha cintura.
-Mas é um grosso mesmo! – falamos juntas, rindo no final. Observei que Mirela só olhava para nós sem entender nada.
-Oi, Mirela. Desculpe, nós somos assim mesmo.
-É tão bom ver vocês rindo e fora daquele hospital – ela sorriu tímida, me abraçando.  – Parabéns, Bia. Está tudo maravilhoso.
Tinha que concordar. Havíamos montado uma tenda do lado de fora da casa dos pais de Léo. A decoração rústica combinava com as mesas e cadeiras espalhadas. Não tínhamos convidado muitas pessoas, apenas nossas famílias, os amigos e o Padre Olavo, que conversava animadamente com meus pais naquele momento.
-Obrigada, Mirela, e seja bem vinda a nossa vida, mesmo com um mês atrasado.
-Estou feliz em estar aqui com vocês – Boi a abraçou, beijando o topo da sua cabeça. Bem diferente de Léo que já chegava colocando a mão na minha bunda e cheirando meu pescoço. Acho que isso era porque eu não era tão tímida, quer dizer, nem um pouco na verdade.
- Bia, tu estás linda, filha – Dona Luíza me abraçou.
-Obrigada, sogrinha, por tudo. Ficou muito bonito aqui fora.
-Não precisa agradecer, minha querida, foi feito com amor. E bem que a Jessianny disse, seu cabelo ficou maravilhoso.
-Vais ter mais trabalho, filho – Seu Flávio também me abraçou, beijando o topo da minha cabeça,  me fazendo corar. É... Eu também tinha meu lado tímido.
-Vou aproveitar que estamos todos aqui reunidos e pedir um minuto de silêncio, por favor – Léo pegou uma taça que estava na mesa e bateu com um talher.
-Eita que chegou a hora – Boi fez graça e joguei um guardanapo nele.
-Há um ano exatamente eu pedia Maria Beatriz em namoro – entrelaçou nossos dedos e senti sua mão gelada. – E aquele foi um dos dias mais felizes da minha vida. Sempre sonhei em ter alguém ao meu lado que pudesse compartilhar minha vida, e quando a vi pela primeira vez, ainda como uma pintura, tive a certeza que tinha encontrado o amor. Hoje exatamente um ano depois e com tantas coisas já passadas juntos, tenho certeza que é com essa marrentinha que quero passar o resto da minha vida – não precisava dizer que estava em prantos, borrando toda a maquiagem, não é? – ela me ensinou o que era amar, ter paciência e, saber mudar apenas para que a outra pessoa sinta orgulho. E como um dia meu pai disse... Em um relacionamento sempre teremos os dois lados, um dia tu vais querer matá-la, mas no outro vai sair no meio do dia, deixando todo seu trabalho pela metade apenas para saber se ela está bem. Eu sinto isso tendo Bia ao meu lado e como sou péssimo em datas, decidi hoje ficar noivo, marcando o casamento para daqui um ano também – funguei, recebendo de volta o mesmo guardanapo que joguei em Boi, tentando assimilar o que tinha acabado de ouvir.
-Eu pensei que tudo isso era porque tu eras romântico, Leonardo – todos os convidados riram.
-Mas eu sou, pequena – me pegou nos braços, deixando nossos rostos a centímetros de distancia. – Não quero esquecer nenhuma data, mas como sou homem, tentei apenas facilitar minha vida – e antes que pudesse retrucar ele me beijou, fazendo com que a tenda explodisse em um único aplauso.
-Eu te amo – agarrei ainda mais sua nuca.
-Eu também te amo, mas acho que tenho que continuar – riu lindamente, depositando um selinho nos meus lábios e endireitou nossos corpos. – Continuando... – limpou a garganta – gostaria de pedir a mão da filha de vocês, - apontou para João e Maria Elisa – em casamento. E prometo amar e cuidar dela mais que minha própria vida, pois sem ela, já descobri que a minha não valeria muita coisa.
-Vocês me provaram tantas coisas ainda não compreendidas na minha vida e a principal, foi que não se tem idade para amar e muito menos para se ser feliz. Os dois têm a minha benção – Maria Elisa disse emocionada, me fazendo voltar a chorar.
-Eu sempre desejei que vocês dois se entendessem. Um desejo apenas, mesmo antes de encontrá-los no aeroporto, já encantados um com o outro. E hoje depois um ano completamente intenso, vejo como esse amor pode ser forte e resistente a tudo, principalmente, por saber que tu cuidarás da nossa jóia com todo o amor e ardor, eu concedo a mão da minha filha a ti, Leonardo – João se aproximou o abraçando. – Cuide bem do nosso bem mais precioso.
-Eu cuidarei, Delegado – e o pai veio até mim, beijando minha testa.
-Seja feliz, filha.
-Eu vou ser, pai – o abracei, soluçando. E quando voltei a olhar para Léo ele já estava com nossas alianças na mão.
 -Maria Beatriz, tu aceitas se casar comigo? – Léo segurou minha mão direita, colocando e beijando a aliança dourada.
Sorri assentindo apenas com a cabeça, completamente anestesiada ainda de tanto amor e prossegui, tentando em meio às lágrimas dizer algumas palavras.
-Eu só gostaria de dizer, que hoje estou muito feliz por estarmos aqui todos juntos comemorando o amor... O nosso amor, Léo – toquei seu rosto – e agradeço a Deus por nada de mal ter nos acontecido e principalmente, ter quem mais amamos aqui ao nosso lado nesse dia tão importante – olhei para Maria Elisa e Boi. – Leonardo Ávila, temos algumas coisas em comum – sorri novamente, pegando a outra aliança das suas mãos. - Eu te amo mais que a minha própria vida também e percebi que nada tem sentindo se tu não estiveres comigo. Você é meu centro, minha alegria, meu acalento. Podemos ultrapassar todas as barreiras,mesmo as mais difíceis, pois sei que terei seu peito para descansar. Compartilhando das maiores alegrias, pois nenhum sorriso meu terá o mesmo brilho se não for gargalhado ao seu lado. Por isso hoje, eu aceito ser sua noiva, como aceitei há um ano ser sua namorada, aceitarei daqui um ano ser sua para sempre... Te amo – beijei a aliança, colocando-a em seu dedo anelar na mão direita.
-Tu és minha vida.
-Idem, peão – e mais uma vez Léo agarrou minha cintura unindo nossos lábios, enquanto todos aplaudiam nosso amor. – Obrigada por ficar comigo mesmo depois de te mandar embora – toquei seu rosto que sorria lindamente.
-Eu nunca iria para lugar algum, tu sabes disso – lhe dei um selinho.  - Vamos sair daqui? – olhei para ele sem entender – nós já fizemos nossa parte, pequena, agora quero você – o agarrei mais.
-À francesa? – Léo gargalhou, me puxando discretamente para fora.
-Isso mesmo.
E como duas crianças travessas, nós fugimos da nossa própria festa de noivado. Não antes de trombarmos com Boi.
-Não acredito que vão fazer isso? – ele cruzou os braços fechando nossa passagem.
-Saí, Boi – Léo o empurrou, rindo. – E se perguntarem por nós diga que fomos ali.
-Vai, Boi, precisamos ir antes que alguém nos veja – o empurrei também.
-Não sei o motivo de tanta pressa – o fuzilei com o olhar.
-Tu sabes, garanhão – Léo respondeu na mesma ironia. – A sua guria ser quieta não quer dizer nada – dei de ombros. – Agora vaza e encobre nossa falta por ali – apontou para a tenda. – Se der a gente volta.
-Boi, a gente não volta hoje. Avise o pai e a mãe que não vou para casa também.
-Vão lá! – abriu o caminho. – E, divirtam-se! Vocês merecem – ele sorriu e nos abraçou.
-E tu... – Léo disse rindo – vai com calma com a quietinha.
-Isso mesmo, não vai assustar a bichinha – saímos correndo, não antes de escutar ele nos xingando. – E não adianta xingar nossa mãe, Luis Carlos – gritei.
-Vão se fuder, no bom sentido.
-Nós vamos.
E corremos para a caminhonete, indo direto para nossa cabana. Chegando lá, percebi a saudade que sentia daquele lugar, que tinha nosso cheiro, nossa marca, nossas coisas.
-Senti falta daqui – Léo me abraçou por trás.
-Eu também, amor – virei enlaçando os braços no seu pescoço.
-Tu estás tão linda – tocou mais uma vez meus fios curtos.
O beijei e quando nossas línguas se encontraram gememos juntos e Léo encostou nossos corpos na parede.
-Preciso estar dentro de ti agora, pequena – sorri tirando sua camisa por cima da cabeça. – Ela tinha botões.
-Quem se importa – ele me virou novamente, encontrando o zíper do meu vestido, o tirando de uma vez também.
-Vamos para o quarto – me pegou no colo, depositando meu corpo na nossa cama. – Quero te amar devagar, Maria Beatriz. Sentir todos seus poros se arrepiando por mim.
-E eu quero ver o brilho que só tem nos olhos quando estais dentro de mim. Vem, amor – abri as pernas o vendo se acomodar no lugar que seria único e seu para sempre.
-Tem gente que tem cheiro de rosa, de avelã... Tem o perfume doce de toda manhã... Você tem tudo, você tem muito... Muito mais que um dia eu sonhei pra mim... Tem a pureza de um anjo querubim... Eu trocaria tudo pra te ter aqui... Eu troco minha paz por um beijo seu... Eu troco meu destino pra viver o seu... Eu troco minha cama pra dormir na sua... Eu troco mil estrelas pra te dar a lua... E tudo que você quiser... E se você quiser te dou meu sobrenome...
Sorri sentindo ele me invadir ao mesmo tempo em que sussurrava a música no meu ouvido. E como da primeira vez nos entregamos um ao outro por inteiro. Sentindo nossas respirações ofegantes e os corações saltando de tanto amor.
Éramos a vida um do outro.
Mesmo com todos nossos problemas ou desavenças, amávamos um ao outro mais que a nós mesmo e por mim Leonardo entrou em uma boate pegando fogo para me salvar. E por ele daria todo resto da minha vida para fazê-lo feliz.


A vida real nunca será igual um livro, com um ponto final vindo junto com o... Felizes Para Sempre...
A vida real sempre nos trará dificuldades para nos fazer mais fortes...
Alegrias para nos refrescar, como em um dia de brisa gostosa...
Além do amor verdadeiro, o que fará com que tenhamos um único motivo para voltar para casa no final do dia...
No final das costas, tudo se tornava perfeito, quando me deitava no seu peito para descansar. E escutando as batidas do seu coração, dormia tendo um motivo para levantar no dia seguinte...
O nosso amor.
O amor que faria enfrentarmos tudo juntos e com maestria. Sendo acima de tudo amigos um do outro. Compartilhando sonhos, dúvidas, problemas, alegrias, mas nunca deixando de estar ao lado um do outro, em tudo na vida.

No centro de um planalto vazio
Como se fosse em qualquer lugar
Como se a vida fosse um perigo
Como se houvesse faca no ar
Como se fosse urgente e preciso
Como é preciso desabafar
Qualquer maneira de amar varia
E Léo e Bia souberam amar
Como se não fosse tão longe
Brasília de Belém do Pará
Como castelos nascem dos sonhos
Pra no real, achar seu lugar
Como se faz com todo cuidado
A pipa que precisa voar
Cuidar de amor exige mestria
E Léo e Bia souberam amar
Léo e Bia – Oswaldo Montenegro e Zeca Baleiro

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Agradecimento especial as duas aventureiras que embarcaram comigo Para  Santa Maria....
História dedicada especialmente para Claudia e Fabiana....
Sem vocês essa viagem não teria sido tão perfeita....


E  a partir de agora  temos um encontro marcado nas redes sociais...
Me procurem no Facebook, Instagram, além do nosso grupo fechado  onde posto tudo sobre nossos livros, diariamente....

https://www.facebook.com/groups/557554350927979/

E não podendo deixar de lado a Fã Page de Léo e Bia...

https://www.facebook.com/L%C3%A9o-e-Bia-Livro-1481184872197162/?fref=ts

Lá vocês saberão tudo em primeira mão as novidades do livro, epílogo, casamento, brigas? 
Opa!!!! Peraí, ainda dá tempo pra brigar?
Se não desse não seriam nosso peão e sua marrentinha...
Nos vemos em breve....
Beijocasss
Fe

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