Capítulo 7 – Nessas
horas ser amigo atrapalha
"Um dia, quando a
luz estiver brilhando... Estarei em meu castelo dourado... Mas até que os
portões se abram... Só quero sentir este momento..."
Pitbull - Feel This
Moment ft. Christina Aguilera
Enquanto maquiava Jessy,
pensava como havia sido o sábado até aquele momento.
Organizamos um momento
de beleza durante a tarde fazendo as unhas, hidratação nos cabelos e depilação.
Queríamos estar prontas para abalar as estruturas.
João também tinha me dito
durante o almoço que iria aproveitar sua folga no domingo e na segunda de
feriado prolongado, para ir pescar com o pai de Léo e alguns amigos da
delegacia.
Fiquei feliz por ele,
pois essa era uma das suas únicas diversões, tirando a roda de viola na Fazenda
Palmital e os churrascos com o Padre Olavo.
Durante o dia Léo também
me ligou duas vezes. A primeira para reiterar que me pegaria para irmos juntos
para a boate e na segunda, rindo, me contou que havia esquecido de dizer que
Boi era peão de rodeio e participaria de uma competição na cidade vizinha de
Camobi, nos convidando para vê-lo montando no domingo e na segunda, além de
assistirmos os shows que teriam lá.
O engraçado era Léo me
incluindo em toda a sua agenda do final de semana, como se fossemos...
Balancei a cabeça sem
querer aprofundar os pensamentos, pois naquele final de semana só queria curtir
a vida com meus amigos.
-Bia... Bia – Jessy
tirou-me dos meus pensamentos.
-Oi.
-Está no mundo da lua –
ela sorriu, escolhendo o batom.
-Não, só pensando.
-Esse final de semana
será intenso!
-Nossa! – gargalhei. –
Que profundidade. Ele será movimentado, intenso eu já não sei.
-Escreva o que estou
dizendo. Voltaremos para a Federal na terça, resolvidas – pulou da cadeira,
indo em direção ao vestido rosa, que havia escolhido.
-Uau! Que animação! Estou vendo que você e o loirinho estão quase
indo para a decisão final.
-Só nós, Maria Beatriz?
– revirei os olhos.
-Deixa como está, me
divirto bem mais vendo vocês dois – dei de ombros. Mas quem eu queria enganar,
minha melhor amiga?
-Sei. Vou fingir que
acredito – não, eu não enganava Jessianny.
-Vamos terminar de nos
arrumar, daqui a pouco o Léo chega buzinando com toda sua delicadeza e
paciência – rimos e fomos nos trocar. Havia escolhido um vestido dourado, cabelos
soltos, lentes de contato, e maquiagem leve. Já Jessy tinha estava com um rosa.
Leonardo buzinou assim
que chegamos ao andar debaixo, já estávamos nos despedindo de João.
-Tome cuidado durante
esse final de semana e qualquer coisa me ligue.
-Pai, eu tenho vinte
anos e o seu celular nunca pegou no meio daquele rio – ele riu.
-Pode deixar, Seu João,
qualquer coisa a mãe cuida dela.
-Viu só, não precisa se
preocupar, apenas se divirta – beijei seu rosto e escutei Léo buzinar
novamente.
-Já vamos! – gritei. -
Que apressadinho! – Jessy e João riram.
-Vocês também e cuidado,
filha. Não aceite nada de estranhos...
Fomos saindo de casa
antes que o peão acordasse meus vizinhos, acompanhadas ainda pelo sermão de
João.
-Léo, cuide das meninas,
ok?
-Estou aqui para isso,
Delegado – ele sorriu e me deu o vislumbre da sua beleza, saindo do carro para
abrir a porta do passageiro para mim.
-Está linda, guria –
sussurrou, beijando meu rosto.
-Tu não estás nada mal
também, peão –respondi conferindo seu look.
Léo estava com uma calça jeans e uma camisa azul marinho, com os cabelos
arrumados.
-Apesar de achar esses
vestidos muito curtos, não é, Jessianny Ávila?
-Já vi piores, Leonardo
Ávila – gargalhei da mesma ironia que ela usou.
-Eu amo as brigas de
vocês.
-Vamos parar com isso,
que Boi e André estão esperando a gente
na frente da boate.
-Ok, senhor
apressadinho. Quase acordou todos meus vizinhos com esse seu trambolho
barulhento.
-Não me provoque, Maria
Beatriz. E muito menos chame meu carro de trambolho – Léo arrancou com o carro
da frente de casa, mas antes me secou de cima em baixo, deixando-me até sem
graça. Ele tinha esse poder sobre mim. Seu olhar pesava mais que uma tonelada
dependendo da intensidade daquele verde.
A Kiss estava lotada. Boi e André conversavam animadamente na porta
da boate, mas quando nos viram acenaram.
Passava das onze da
noite e a fila já não estava tão grande.
-Boa noite, gurias – Boi
veio cheio de graça, assim que descemos para Léo estacionar mais a frente.
-Boa noite, Boi – beijei
seu rosto e Jessy deu-lhe um safanão.
-Isso que dá ter
intimidade com as pessoas – ele esfregou a nuca.
-Também te amo, Boi –
sorrimos e beijei também a bochecha de André, observando de longe seu olhar
dirigido a minha amiga. Aquele era o dia deles, estava sentindo.
-O que rola? – Léo
chegou tocando sutilmente minha cintura, com Jessy suspirando, percebendo o
gesto.
-Nada, vamos entrar? –
André falou pela primeira vez.
-Vamos. Mas já fiquei
sabendo que a Gurizada só entra depois da uma e meia.
-Que informado, Boi.
Jogou charme para quem? – Léo fez graça, dando um safanão nele também.
-Virei saco de pancada
agora. Só porque sou grande, não quer dizer que não tenha sentimentos.
-Emburrou.
-Para, Léo. Liga não,
Boi, sei que tens sentimento – toquei seu ombro, sendo puxada para mais perto
de Léo.
-É, marrentinha, ninguém
respeita o Boi aqui – me abraçou fazendo graça para Léo.
-Vamos entrar antes que
saia morte. Estamos travando a fila, perceberam não? – rimos de André, entrando
na boate mais famosa da cidade.
E aquele arrepio que me
perseguia desde a primeira vez que passei em frente a ela, voltou com tudo. Mas
deixei para lá quando começamos a beber e nos divertir na área vip, enquanto a
banda não iniciava sua apresentação.
Estava na minha terceira
taça de um coquetel forte e doce de morango, quando vi que Jessy e André
conversavam animadamente em um canto da pista. Já Boi jogava vários xavecos em
algumas meninas perto de nós. E Léo, bom esse era um caso a parte. Poderia
estar fazendo como o amigo de infância, paquerando todo mundo, ou como o amigo
da faculdade, “resolvendo” sua vida, mas não, ele estava parado, encostado em
um pilar tomando sua cerveja e me vendo dançar animada na pista de dança.
Não sei se por conta da
bebida, que já havia subido, ou da vontade de também “resolver” nossa situação,
aproximei-me dele, puxando-o para a pista comigo.
-Bia, acho melhor não.
Eu não sei dançar essas coisas.
-Então acho que bebeu
pouco hoje, – apontei para sua cerveja – pois semana passada... – ele sorriu e
começou a movimentar seu corpo junto com o meu.
Eu ondulava meus quadris
nos dele e podia sentir sua animação bem próxima as minhas costas. Sorri, pois
ali eu tive a certeza que provocava alguma coisa no meu peão.
-Você está me deixando
doido rebolando desse jeito – sussurrou no meu ouvido.
-Eu amo essa música,
sabe o que ela quer dizer? – virei jogando os braços em volta ao seu pescoço.
-Não – nossas
respirações estavam entrecortadas.
-Só
quero sentir o momento – sussurrei, beijando seu rosto. - One day when the light is glowing. 'll be in my castle golden. But
until the gates are open. I just want
to feel this moment. Oh oh... I just want to feel this moment. Oh oh... I
just want to feel this moment – cantei grudada a ele, voltando a dançar ao som
de Pitbull e Christina Aguilera.
Léo se
soltou e quando percebemos estávamos os dois nos acabando naquela pista.
-Viu só, era
só dar um empurrãozinho – estava ainda agarrada no seu pescoço.
-Você me
deixa alucinado – sorri.
-Eu não. A
música e a cerveja sim – Léo escondeu o rosto no meu pescoço e senti que
estávamos nos entendendo ali. Rimos muitos dos tocos que Boi tomava, dançamos
com Jessy e André e dei graças a Deus por Léo ser tapado e não perceber o clima
entre eles. Resolvi então que era a hora de ir para o banheiro me arrumar para
a cartada final. Eu agarraria Léo e seria naquela noite. – Pega outro para mim,
Léo. Vou fazer xixi – sussurrei no seu ouvido, lhe entregando a taça vazia.
-Você está muito exigente hoje – brincou pegando a taça. –
Vai lá, te espero. Quer de morango de novo? – gritou quando já estava me
afastando.
-Quero –
mandei um beijo e ele gargalhou.
Meu peão...
Suspirei, olhando para o enorme espelho do banheiro feminino.
Fiz xixi e tentei arrumar o cabelo, que estava desgrenhado
por conta da nossa dança, passei um pouco de batom, retocando também o resto da
maquiagem e saí de lá decidida, mas o que vi assim que cheguei perto do bar
fez-me quase borrar toda a maquiagem que tinha acabado de retocar.
Léo estava
conversando animadamente e muito perto de uma loira siliconada, que só faltava
se jogar em seu colo, ainda por cima com minha bebida na mão. Não que eu fosse
uma morena maravilhosa, estava bem longe disso, mas aquela lá estava mais para
uma das vacas de laboratório do seu curral.
Morrendo de
raiva, não deixei por menos. Fui até eles e bruscamente peguei minha taça da
sua mão, tomando-a em um gole só, deixando os dois sem nenhuma reação.
-Obrigada –
virei às costas, limpando a boca com as mãos e saí correndo.
-Aonde tu
pensas que vai? – Léo foi mais rápido, segurando meu braço com força.
-Embora –
dei de ombros. – Desculpe, não queria atrapalhar sua conversa, é que às vezes
estar com uma amiga pode atrapalhar, não é? Por isso é melhor eu ir – tentei
sair, mas ele apertou ainda mais meu braço.
-É. Você tem
razão, às vezes é uma droga ser amigo – senti meus olhos arderem e não
precisava estar sóbria para saber que em poucos minutos estaria chorando. – Vou
te levar embora.
-Não precisa
me levar embora e depois voltar para pegar aquela ali. Eu posso muito bem pegar
um táxi. Volte para lá, ela está olhando para você – apontei, gritando.
-Cala boca, Maria Beatriz, você não sabe de nada. Vem, vou
avisar o Boi – saiu me arrastando pela boate a fora.`
-Tu estás me machucando.
-É para machucar mesmo, quem sabe para de pensar besteira –
avistamos Boi com uma menina e percebi que Léo estava muito irritado.
Ai, eu tinha acordado o monstro do curral.
Agora aguente, Maria Beatriz.
Mas o que ele queria, que eu me apresentasse à sua colega
loira siliconada?
-Boi, estamos indo embora – ele gritou para o amigo.
-Como? – olhou de mim para Léo parecendo entender.
-Eu estou indo embora e não ele, Boi – fiz birra.
-Cala a boca, Bia. Eu já pedi – ele gritou.
-Marrentinha, é melhor mesmo vocês conversarem – Boi segurou
meu ombro. – Na verdade já passou da hora, não é, moço? – encarou Léo e fiquei
sem entender.
-Não enche tu também. Só leve a Jessianny para casa, ok.
-Sem problemas, eu levo. E vocês se resolvam por favor –
usando a palavra “resolver”, Boi me fez lembrar Jessy e ter a certeza que ela
já havia resolvido o problema dela, em compensação eu...
-Vem.
-Tchau, Boi – acenei para meu novo amigo.
-Tchau. E juízo vocês dois.
Léo me puxou para fora da boate e assim que pisamos na
calçada, fez com que nossos olhos se encontrassem.
-Agora a gente pode conversar como duas pessoas adultas?
-Não estou vendo nenhuma criança aqui – cruzei os braços e
senti como se um balde de água fosse jogado em mim. Foi ali que percebi que
estava chovendo horrores.
-Estou vendo que só te pegando de jeito mesmo, não é? – ele
me empurrou até a caminhonete e praticamente me jogou lá dentro. Ok! Vamos dizer que gosto um pouco do monstro do
curral.
-Não quero molhar sua relíquia de caminhonete –
sabia ser birrenta.
Ele não deu bola, sentando do meu lado , ligando o carro e
acelerando pelas ruas desertas de Santa Maria.
-O que você pensa que eu sou, Maria Beatriz?
-Não sei, por que está me perguntando isso? – falei mimada.
-Acha mesmo que eu ficaria com a Mônica?
-Mônica é o nome dela? – devolvi a pergunta.
-É. Uma menina que estudou comigo o ano passado.
-E que estava a fim de estudar de novo, só que agora
anatomia. Acha que não vi como ela estava se jogando para você – a bebida
estava destravando minha língua. – Não que me interesse. – tentei, em vão,
brecar os pingos que teimavam em cair no seu tapete, pois estávamos os dois
ensopados.
-Não? – um silêncio que chegava a doer se instalou dentro da
caminhonete e foi aí que percebi que ele havia ligado o rádio em uma estação
qualquer, que a uma hora dessas só tocava músicas românticas. Era tudo que
precisava.
Always de Bon Jovi começou a tocar no alto falante então eu
resolvi quebrar o gelo.
-Sabe o que quer dizer
esse trecho? – disse normalmente.
-Não, Maria Beatriz, eu
não falo inglês e essa é a segunda vez que me pergunta isso hoje – ele estava
muito irritado.
-Nem eu. Desisti de três
cursos de inglês, sabia? Mas o que mais marca um aluno nesses cursos são as
músicas que você aprende a letra. E essa foi uma delas.
-Interessante.
-Desculpa.
-Você está pedindo
desculpas? – olhou para o lado, encontrando meu olhar no dele.
-Estou. Eu... Eu não
gostei de ver você conversando com aquela loira – fui sincera.
-Eu só estava
conversando com ela.
-Mas ela queria você.
-O problema é dela. Para
que eu pudesse me interessar por aquela loira hoje, Maria Beatriz, outra teria
que parar de... Deixa pra lá – sorri timidamente.
-Mas... Você sabe o que
quer dizer essa música? – ele me olhou sem entender. Não, eu não estava
desconversando.
-Não – sorri e comecei a
falar.
-Sim, e eu te amarei, querida,
sempre. E estarei ao seu lado por toda a eternidade sempre. Se você me dissesse
para chorar por você, eu choraria. Se você me dissesse para morrer por você, eu
morreria. Olhe para o meu rosto. Não há preço que eu não pagaria. Para dizer estas
palavras a você – naquele momento senti o carro parar e percebi que havíamos chegado
na minha casa. – Me perdoe, é que a gente estava tão bem, tão feliz, tão...
Junto. E de repente... – comecei a chorar.
-Eu não teria nada com
ela, Bia – Léo enxugou meu rosto – a gente estava bem, feliz, junto – foi se
aproximando, não deixando quase nenhum espaço entre nós. – Eu queria que fosse
tão diferente, tinha arrumado tanta coisa na minha cabeça – colocou uma mecha
de cabelo que estava grudado no meu rosto atrás da minha orelha. – O que você
quer, Maria Beatriz? – disse sofregamente, com os olhos fechados.
-Que me beije – Léo
gemeu tocando nossos lábios singelamente.
-Sabe há quanto tempo eu
desejo fazer isso, guria?
-Quinze dias? – ele
sorriu depositando mais um selinho na minha boca.
-Bem mais – o encarei
sem entender. – Eu imaginava isso desde quando o Delegado falava de você,
mostrando suas fotos. Você é tão linda, pequena – acariciou meu rosto, o que me
fez deitar em sua palma, ainda mais apaixonada.
-Me beija, Léo – dessa
vez meu pedido foi atendido com prontidão. Léo agarrou minha nuca, puxando-me
mais para ele e quando nossas línguas se encontram gememos juntos de
satisfação. Ele beijava tão bem como nos meus sonhos. Sua pegada me deixava
maluca e a partir daquele momento, viciada também. Leonardo poderia ser grosso,
intolerante, mandão, mais era o amor da minha vida. Entreguei-me mais ao nosso
beijo e quando me dei conta já estava no seu colo, agarrada a sua nuca com
outra música romântica começando a tocar.
-Eu juro que se amanhã
você não se lembrar de nada, Maria Beatriz, vou te dar uma coça – gemi,
escorregando ainda mais para seu colo, grudando nossos corpos molhados.
-Eu não tenho amnésia,
peão.
-Mas pelo tanto que você
bebeu hoje – ele torceu a boca, beijando meu pescoço.
-Eu nunca esqueceria
isso – toquei nossos lábios novamente, mas a fome foi maior, ele introduziu sua
língua na minha boca e nos beijamos loucamente.
-Tu és tão linda,
cheirosa. Porra, pequena. – Léo agarrava meus cabelos enquanto falava,
demonstrando toda a intensidade das suas palavras nos gestos.
-Você não fica atrás –
sorri, repetindo seu gesto.
-Eu queria ter feito
isso certo.
-E o que tem de errado?
– deitei no seu ombro, aspirando seu perfume, sentindo-o arrepiar.
-Pequena, - ergueu meu
rosto, deixando-o praticamente colado no seu – eu não estava fazendo nada
com...
-Eu sei. Só senti ciúmes
– deitei novamente no seu ombro e fui abraçada por ele.
-Você não precisa disso.
-A tchim – espirrei, sentindo minha garganta fechar.
-Ei – me apertou ainda mais a ele. – Tu vais ficar resfriada.
-Estou bem. Foi a chuva
– tentei limpar o nariz com as costas da mão. – Você perdeu o show da sua banda
– dei-me conta da burrada que havia feito. – Ainda dá tempo, quer voltar? –
olhei para ele, esfregando o nariz.
-Trocar isso aqui – me
apertou mais a ele – por um bando de gurizada? – Léo fez graça, fingindo pensar
– acho que não, pequena – sorri e ficamos ali trocando carícias e beijos.
-A tchim – tive uma crise de espirros depois de mais um tempo no seu
colo.
-É melhor entrar. Está
esfriando e tu estas ficando quente – tocou meu rosto.
-É só alergia, – dei de
ombros, sentindo meu corpo começar a doer – mas é melhor eu entrar mesmo,
preciso de um banho. A gente se vê amanhã?
-Tu ainda perguntas? –
ele sorriu lindamente, distribuindo beijos por todo o meu rosto e pescoço.
-Léo... – o chamei
envergonhada da pergunta que queria fazer.
-Fala – ele esfregou o
rosto, sinal que estava começando a ficar com sono, já que se passava das duas
e meia da manhã.
-Tu...
-O que foi, pequena?
-Você não vai voltar
para a Kiss, não é? – escondi o rosto
no pescoço.
-É para ter vergonha
mesmo – disse bravo. – Olha para mim, Maria Beatriz – ergueu meu rosto. – Eu
vou para casa. Estou com sono e tudo que queria fazer essa noite, já fiz –
sorri e o beijei.
-Desculpa.
-Agora entre, não quero
ver você doente.
-Ta – nos arrumamos,
saindo do carro e Léo correu comigo até a porta.
-Vou te ligar assim que
chegar na fazenda.
-Não precisa – estava
envergonhada.
-Faço questão.
-Eu confio em ti – era
verdade aquilo. – Só tive ciúmes.
-Mas eu vou ligar.
-Então vou te esperar.
-Se cuida, pequena.
-Você também. E... Eu...
-Não precisa falar, eu
ajo por ti – me agarrou, fazendo com que nos aprofundássemos em mais um beijo.
-Até amanhã, Léo.
-Até amanhã, pequena.
E meu peão se foi.
E nós havíamos
“resolvido” nosso problema.
Tomei um banho quente,
colocando meu pijama rosa e joguei-me na cama ainda sentindo seu gosto na minha
boca, suas mãos na minha pele, seu cheiro no meu nariz e seu boa noite no meu
ouvido, já que me ele ligou como prometeu, assim que chegou em casa.
Eu estava apaixonada e
era correspondida.
Existia coisa melhor na
vida?
Agarrei o Bartolomeu e
dormi feliz, depois de ter tomado um analgésico. Pois estava sentindo que a
gripe chegaria com tudo. Como aconteceu com meu peão garanhão.
Agora MEU de verdade.
Perfeito, quero mais ! Please! Bjs
ResponderExcluirAí que lindo esse capítulo! ! Esperando o próximo ansiosa.
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