Bom dia, Santa Maria!!!!
Mais um capítulo especialmente feito para vocês...
Espero que gostem...
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Léo e Bia esperam por vocês...
E quem nunca... Paquerou em uma quermesse?
Beijocass
Fe
Capítulo 2 – Quermesse
Ela
é mistério... Cheia de segredos... Ele é bagunçado... Cheio de defeitos
A
Bela e o Fera – Munhoz e Mariano
Olhei no
espelho e gostei do meu visual para a quermesse.
Como
estávamos no final de fevereiro, o calor ainda nos banhava em Santa Maria,
então pude vestir um dos meus vestidos longos floridos que amava. E para
completar o visual, uma rasteirinha e o cabelo preso em um rabo de cavalo.
Terminei minha maquiagem leve, colocando minhas lentes de contato e peguei
minha bolsa de mão. Eu estava pronta.
-Pai,
vamos? – desci a escada saltitante, fazendo com que João viesse da cozinha,
rindo.
-Está
linda, filha.
-Obrigada.
Então vamos, não quero perder nada
- Nossa, que
animação!
Chegamos à
quermesse que ficava ao lado da Igreja do Padre Olavo, o mesmo que me batizou,
fez minha primeira comunhão e crisma, prometendo ainda um dia me casar.
Gargalhei no dia que me falou isso. Mas, quem sabe?...
Aproximamo-nos
de um grupo de pessoas, onde o Padre estava contando uma piada, sim, porque o
Padre Olavo era muito divertido. Assim que nos viu parou de falar vindo me
abraçar.
-Minha
filha, há quanto tempo! Você está uma moça, Maria Beatriz – sorri retribuindo o
abraço.
-Padre, que
saudades! – sempre fomos muito ligados a ele. Quer dizer, eu e João o
tratávamos como se fossemos da sua família. Ele não saía lá de casa e ainda
pescava com o pai nas horas vagas.
-Filha,
esses são Flávio e Luíza – Nossa! Os
pais do peão garanhão.
-Prazer. –
apertei a mão do Seu Flávio, mas Dona Luíza já me puxou para um abraço.
-Tu és
bonita mesmo, querida, bem que o Léo falou – então ele havia falado de mim?
-Bem, tu estás entregando nosso filho –
sorri, corando. – Seja bem vinda de
volta, filha. Seu pai não falava de outra coisa.
-Eu também
estou muito feliz, Seu Flávio.
-Oi. Eu sou
a Jessiany, mas pode me chamar de Jessy – uma menina baixinha e loira chegou ao
meu lado.
-Oi,
prazer. Sou Maria Beatriz, mas pode me chamar de Bia – a abracei, sorrindo.
Eles eram muito receptivos e fizeram com que me sentisse em casa. Só faltava...
Então eu o
vi do outro lado do recinto da quermesse, rindo e rodeado de meninas.
Claro,
Maria Beatriz, você acha que lindo daquele jeito daria bola para uma menina
descoordenada, com os cabelos loiros e um metro e sessenta de sem gracisse?
Resolvi
voltar minha atenção para minha nova amiga, mas sem tirar os olhos de Léo, que
ainda não tinha me visto.
-Então
seremos colegas de turma?
-Poderíamos
ser melhores amigas! – sorrimos. Jessy era bem divertida.
-Com
certeza. Sinto falta de uma melhor amiga, sabia?
-Eu também,
mas acho que vamos nos dar muito bem – também senti isso logo que a vi se
aproximar.
Mas,
naquele momento meus olhos se cruzaram com os do irmão dela e quase perdi a
respiração quando Léo abriu seu sorriso mais lindo, deixando as meninas falando
sozinhas e vindo na minha direção.
-Boa noite,
gurias – sorri tentando apenas ser educada, não transparecendo que estava
radiante por ele ter largado as oferecidas para vir falar comigo.
-Boa noite,
Léo.
-Pelo jeito
a Jessiany já começou a te alugar, não é?
-Mas tu és
bobo mesmo, Leonardo – sorri do tapa que ela deu no irmão.
-Está
bonita – nessa hora vi Jessy se distanciando.
-Obrigada –
senti meu rosto queimar.
-Vem, vamos
dar uma volta, quero te mostrar as coisas boas dessa festa – pegou na minha mão
e dei graças a Deus por João e seus pais estarem entretidos com o Padre Olavo
perto da barraca do algodão doce.
-Esqueceu
que venho nessa festa desde que nasci? – brinquei.
-Mas não
comigo, marrentinha – balancei a cabeça e fui levada por ele.
-Convencido
– ele jogou a cabeça para trás rindo, tomando cuidado para não perder seu
chapéu de peão.
Meu Deus, como poderia ser tão lindo?
Léo me
levou até o parque que tinha se instalado ali perto, brincamos como duas
crianças de carrinho bate-bate, andamos na montanha russa, mesmo comigo dizendo
que morria de medo.
Ele ganhou
um urso enorme para mim no jogo de argolas e, por fim, nos jogamos em um dos
bancos da praça comendo cachorro quente e dividindo a mesma lata de
refrigerante.
-Ta. Você é
um cara legal – falei com a boca cheia, depois de implicarmos muito com o
outro, principalmente por conta da nossa trombada no aeroporto.
-Tu também,
apesar de ser marrenta pra caramba.
-Olha quem
fala – limpei a boca, tentando equilibrar o urso ao meu lado. – Então você faz
veterinária?
-É – ele
parou sério pela primeira vez. – Eu amo aqueles bichos e só de pensar que posso
salvá-los...
-Deve dar
uma sensação muito boa, não é? – olhei em seus olhos, que ardiam nos meus.
-Com
certeza. Poder conviver com eles e ajudar a fazenda do pai crescer, é muito bom
– sorri do jeito carinhoso dele. – E tu, por que escolheu a psicologia?
-Para me
entender – gargalhamos e dei mais um gole no refrigerante. – Não sei, acho que
queria encontrar algumas respostas e também como você, poder ajudar as pessoas.
-É,
marrentinha, te entender acho que nem jubilando na faculdade – bati em seu
braço, enquanto ele gargalhava.
-Tu nem me
conheces.
-Mas quero
conhecer – nossos olhos se encontraram novamente, mas logo o interrompi vendo a
cabine de fotos instantâneas na nossa frente.
-Léo! –
gritei - Vamos tirar aquelas fotos? – apontei, rindo da sua careta.
-Filha! –
olhamos para trás e vimos João vindo em nossa direção. – Que bom que encontrei
vocês. Estou indo embora, tu vem comigo?
-Pode
deixar que levo a Bia para casa, Delegado – Léo respondeu na minha frente e vi
um sorriso malicioso se abrir no rosto do meu pai.
-Tem
certeza, filha?
-Tenho,
pai, – voltei meu olhar para Léo que também ria – eu vou com ele. Não precisa
se preocupar, não é, Léo?
-Não seria
nem louco de fazer alguma coisa com a filha do homem da lei.
-Tudo bem.
Divirtam-se, meninos – ele beijou meu rosto se afastando.
-Tem
certeza que não vou atrapalhar?
-Claro que
não e ainda temos que tirar aquelas fotos – apontou para a cabine. – Vamos?
-Vamos –
levantei animada.
Estava me
sentindo tão leve naquele momento. Acho que a volta para minha cidade, para os
braços do meu pai estavam me fazendo muito bem. Mas, não podia me enganar,
dizendo que Léo não tinha uma parcela em todos os sorrisos que foram
fotografados na sessão de fotos que tiramos.
Ele me fez
cócegas.
Fizemos
caretas.
Beijamos a
bochecha um do outro, como se nos conhecêssemos há muito tempo.
É... O Léo
estava se tornando bem especial para mim.
E depois que dividimos um algodão
doce artístico e gigante, nos lambuzando inteiros, ele me levou para casa,
onde, educadamente, abriu a porta para que eu pudesse descer da sua caminhonete
com meu urso enorme.
-Tu precisa
dar um nome para ele.
-Nome para
quem?
-Ué, guria,
para o urso – ele apontou sorrindo, fazendo com que balançasse a cabeça.
-Você tem
cada uma, mas vou pensar no seu caso. Estou entregue, obrigada mais uma vez.
Adorei nossa noite.
-Eu também
gostei muito. Podemos repetir um dia desses.
-É, podemos
sim. Vou entrar. Obrigada, Léo, boa noite – me aproximei para beijar seu rosto,
mas viramos ao mesmo tempo e acabei lhe dando um selinho. Quase morri de
vergonha, então virei rápido entrando em casa, sem conseguir olhar para ele
novamente.
-Boa noite,
marrentinha. Sonhe comigo.
-Convencido
– acenei sorrindo da garagem, mas suspirando apaixonada.
Apaixonada?
Será?
Na verdade
nunca havia me apaixonado por ninguém e as experiências de dentro da minha
família não me ajudavam muito. Mesmo assim já sabia, o que sentia por Léo,
mesmo o conhecendo há menos de vinte quatro horas, era especial.
Ele era
engraçado e me diverti como não fazia há muito tempo.
Suspirei,
subindo as escadas de dois em dois degraus, dando graças a Deus por João já
estar dormindo e não ter que aguentar seu interrogatório, mas poderia ser no
dia seguinte, não é? Naquele momento só
queria curtir um pouco mais a minha noite.
Joguei o
urso em cima da cama e me troquei, atirando-me ao lado dele logo depois, com
meu pijama rosa favorito. Precisava pensar em um nome para ele. Mas naquele
momento só o que me vinha à cabeça foi quem me presenteou. No seu sorriso, seu
jeito de moleque, seu modo de falar da profissão que escolheu.
Abracei
ainda mais o enorme urso e dormi.
Naquela
noite sonhei pela primeira vez com Leonardo e nesse sonho passeávamos por um
pasto. Ele me mostrava toda a propriedade com os olhos brilhando e no final me
beijava. Eu acordei com seu gosto na minha boca.
Tomei um
banho demorado, colocando um shorts jeans e uma regata branca, e desci para
tomar café com João, que não tirava os olhos do jornal e o sorriso nos lábios.
Ele ainda me encheria de perguntas, eu conhecia bem meu pai.
Depois de
arrumar a cozinha, fomos para o supermercado, fazer as compras da semana e
percebi que todos que nos conheciam no bairro me olhavam diferente.
É claro, eu
era a filha do pecado, da mulher que abandonou o delegado mais respeitado da
cidade.
Argh!
Que raiva dela!
-Vai querer
catchup, filha? É essa marca que
gosta? – João me tirou dos meus pensamentos, fazendo com que voltasse para
minha nova realidade feliz.
-É sim.
Pode pegar, pai.
-Tudo bem?
Como foi sua noite ontem? – sabia que ele não aguentaria por muito tempo.
-Foi legal,
o Léo é muito divertido.
-Só isso?
-Por quê?
Que coisa feia, Chefe. Virou santo casamenteiro agora? – sorri empurrando o
carrinho, enquanto tentava disfarçar. Se ele percebesse que estava encantada
com o peão garanhão, soltaria fogos de artifícios.
-Que sua
mãe não nos ouça, mas ele é um bom menino.
-Para quem
muda de namorado toda a semana, acho que ela não tem moral para falar da minha
vida.
Ops!
Percebi que havia falado demais,
pois na hora João fechou a cara. Eu sabia que essa história o aborrecia e esse
era mais um dos motivos para me tirar do sério.
Mesmo Maria Elisa sendo como era,
ele nunca deixou faltar nada para ela, muito menos para mim. Dizia que era
minha mãe e por isso merecia todo o seu respeito, mas sabia que ele não a havia
esquecido, o que me deixava mais furiosa e infeliz. Queria que meu pai
encontrasse alguém que o amasse de verdade, ele merecia isso.
-Ela é sua mãe, Maria Beatriz.
-É, pai, que pena! Quero comprar
massa de lasanha, aprendi uma receita maravilhosa que você vai amar.
Ele sorriu e percebeu que minha
intenção era mudar de assunto.
-Animada para o primeiro dia de
aula, amanhã?
-Muito. Não vejo a hora para falar a
verdade – e estava mesmo. Nunca fui muito fanática por escola, mas dessa vez
era diferente, eu queria muito conhecer a Federal, as aulas e por ventura
trombar novamente com o peão garanhão.
-Eu te levo e de busco amanhã.
-Não precisa, pai, eu me viro.
-Nada disso. Depois vamos ver o que
fazer.
E se encerrou ali o assunto.
Como gaúcho nato, não discutiria uma
decisão do senhor João Albuquerque.
E antes de voltarmos para casa,
almoçamos em uma das mais gostosas churrascarias de Santa Maria, para que eu
pudesse matar as saudades da melhor carne do Brasil, palavras do pai.
Ainda tomamos sorvete, chegando em
casa no meio da tarde, onde ele me ajudou a guardar as compras.
Só me restava esperar o que meu
primeiro dia de aula reservava.
Eu estava nervosa, não podia negar,
principalmente quando me lembrava do Léo.
Aquela noite iria demorar a passar.
Tomei um banho, colocando novamente
meu pijama rosa e mais uma vez dormi agarrada ao nosso urso.
"Bartolomeu."
De onde veio esse nome?
Do segundo sonho que tive com meu
peão garanhão.
Nossa cada dia mais estou apaixonada por esse lindo casal,quero mais capítulos estou viciada em Léo e Bia
ResponderExcluirQue lindo!! Apaixonada!
ResponderExcluirQue lindo!! Apaixonada!
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