sábado, 31 de outubro de 2015

Léo e Bia... Capítulo 8


 Capítulo 8 – Nosso lugar

Sim, e eu te amarei, querida, sempre. E estarei ao seu lado por toda a eternidade sempre. Se você me dissesse para chorar por você, eu choraria. Se você me dissesse para morrer por você, eu morreria. Olhe para o meu rosto. Não há preço que eu não pagaria. Para dizer estas palavras a você...
Always – Bom Jovi
            
Acordei pela terceira vez naquele dia para tomar mais remédio e fazer xixi. E não tendo condições para mais nada, a não ser ficar jogada na minha cama, deitei novamente, colocando mais um cobertor em cima do meu corpo.
            Não sei por quanto tempo fiquei ali daquela vez, porém minha campainha começou a tocar insistentemente, fazendo com que me levantasse e descesse devagar para não sair rolando escada abaixo, por conta dos remédios que começavam fazer efeito.
            Mal abri a porta e Léo entrou feito um furacão.
            -Tu podes me explicar para que servem os meios de comunicação, Maria Beatriz?
            -O que foi que eu fiz?
            -A pergunta certa seria o que foi que tu não fez, não é, guria? – ele estava bravo. – Sabes que horas são? Pior, desde que horas estou te ligando? Quer me matar de preocupação? – nessa hora seu olhar me averiguou de cima em baixo, dando ênfase no short’s do meu pijama rosa.
            - Não... Eu não sei. Acho que dormi demais. A tchin – espirrei.
            -Falei para me ligar se não estivesse bem, ontem quando cheguei em casa – ele tocou meu rosto. – Tu estás com febre, pequena. Droga, Maria Beatriz – nos empurrou até o sofá, sentando-me no seu colo.
            -Estou sem voz, Léo. Está doendo – apontei para a garganta, ganhando um beijo no rosto.
            -Tomou remédio?                              
            -Só antitérmico – fiz manha, querendo mais carinho. Porém seu celular começou a tocar estridente, fazendo com que ele se remexesse sem me tirar do seu colo.
            -Oi... Já... Está com infecção de garganta... Já vou, Jessianny.
            -Aonde tu vais?
            -Abrir a porta – me colocou no sofá. – A Jessianny e o André também estão loucos contigo – andou até a entrada da casa.
            -Ai que bom. Tu estás viva. Mas quase fez com que arrombássemos a casa do delegado de preocupação, sabias? – Jessy veio me beijar e olhou diretamente para o irmão, que revirou os olhos.
            -Só estou com dor de garganta – falei com dificuldades, colocando a mão no pescoço.
            -Oh, minha amiga. A gente vai cuidar de ti – lembrei naquele momento, vendo os três ali parados na minha frente, que deveríamos estar indo para o rodeio de Boi.
            -Vocês têm que ir – eles se entreolharam.
            -Ficou doida, guria – André falou, colocando a mão na minha testa. – Será que ela está delirando?
            -Não, gente. Não fiquei doida, não. Vocês têm que ir para o rodeio do Boi. Ele vai ficar chateado – Léo sorriu e jogou-se ao meu lado.
            -Marrentinha, – olhei para ele e estremeci, lembrando nossa noite juntos – se a gente for e te deixar sozinha, aí sim tu vais ver o Boi virar um touro bravo.
            -Verdade, amiga. Ele vai entender, a gente liga avisando. E outra, se o Léo aparecesse lá sem você, ainda por cima te deixando aqui doente, levaria uma coça – Jessy olhou para nós dois novamente e riu.
            -Então vamos parar de papagaiada e cuidar dessa teimosa.
            -Não sou teimosa, Léo – fiz um bico, que quase foi atacado por ele. E aquela intensidade chamou a atenção da irmã e do melhor amigo, se já não fosse cunhado... Vai saber.
            -Cadê seu celular?
            -Não sei – pensei tentando lembrar. – Ah! Ele esta sem bateria.
            -Depois quando digo que precisa de uma coça – balançou a cabeça.
            -Léo – fiz manha e deitei no seu colo.
            -Ta, hoje passa – começou a acariciar meus cabelos. – Vamos nos dividir. André, tu vais à locadora e à farmácia, essa guria precisa de um antiflamatório.
            -Preciso? – olhei para cima.
            -Não discuta – falou bravo e descobri que gostava do meu peão bravo também. – Jessianny, faça uma sopa para ela.
            -Odeio sopa, gente – reclamei, agarrada ainda mais a Léo, sentindo seu perfume.
            -Vou fazer um escondidinho de carne seca maravilhoso, amiga. Vai descer fácil, porque não é bom tu mastigar muito hoje – assenti.
            -E eu vou fazer o melhor chimarrão que já tomou na sua vida, guria – sorri para ele.
            -Eu adoro chimarrão.
            -Sei disso – falou todo cheio, como se tivesse feito a lição de casa. – E tu para o banho.
            -Mas, Léo?
            -Vai ser bom, amiga. Um banho levanta até defunto meio morto, já dizia a nossa avó – sorrimos e Jessy me ajudou a levantar. – Sei que o colo está bom, mas...
            -Ta, eu vou subir – comecei a subir as escadas, mas parei quando Léo gritou.
            -Cuidado, não vá se machucar...
            -Não lave a cabeça – a irmã completou.
            -E carregue a porra do celular – sorri de tantos cuidados e da “delicadeza” do meu peão e fui em direção ao meu quarto.
            Antes ligar o chuveiro ainda escutei quando Jessy gritou para o Dé trazer a carne seca e o tomate e Léo, o lembrando do remédio.
            Estava feliz e me sentindo muito querida diante de uma família de verdade.
            Era esse meu desejo quando voltei para Santa Maria, mas o que recebi aqui foi muito mais do que o amor de João, já tão conhecido por mim. Eu ganhei de presente uma gauchinha linda, amigos de verdade e meu peão, que a cada minuto me deixava  mais encantada, para não dizer, apaixonada.
            Pronta, com um conjunto de moletom rosa nada sexy, mas muito quente e confortável, desci. E quando estava no último degrau da escada ouvi um pouco da conversa entre Léo e Jessy.
            -Estou tão feliz por vocês – escutei-a sorrir, porém não entendi o que Léo dizia. – Já estava mais que na hora – ele falou alguma coisa, que não escutei também e nervosa, por existir duas possibilidades, a dele estar feliz, ou se enchendo da conversa da irmã, resolvi aparecer na cozinha.
            -Oi – parei na porta, vendo Léo com o chimarrão na mão e Jessy escorrendo a água da panela de pressão.
            -Assim está bem melhor – ele se aproximou do meu pescoço. – Cheirosa.
            -Eu não estava fedida, Léo – bati no seu ombro.
            -Você nunca esta, pequena – Jessy nos olhou apaixonada e não resistiu.
            -Ai, que lindo!
            -Vai se fe...
            -Para de implicar com sua irmã, Léo – sentei na banqueta perto da pia.
            -Isso mesmo, cunha... – nós dois a olhamos assustados. – Amiga.
            -Está quase tudo pronto, o Dé ligou e vai trazer a mistura pronta da carne seca, é isso, não é, Jessyanny? – me deu um pouco da bebida que estava em sua mão.
            -É – ela revirou os olhos, mas riu. – E por falar nele... – escutamos o carro parar na frente de casa.
            -Cheguei – o loirinho entrou pela porta dos fundos.
            -Vamos tomar esse remédio logo, mas se não melhorar, amanhã vamos ao médico.
            -Não quero tomar injeção – fiz manha de novo, recebendo o comprimido de Léo, junto com mais um gole de chimarrão.
            -Eu seguro sua mão – piscou para mim.
            -Obrigada – sorrimos um para o outro.
            Depois de tomar o remédio, ficamos ali na cozinha até Jessy terminar o jantar. Comemos, rindo da implicância dos irmãos e das piadas de André, que demorava a abrir a boca, mas quando abria.
            Logo depois do jantar, André ajudou minha amiga com a louça e eu e Léo fomos para a sala escolher o filme. Ele trouxe colchões e cobertores do andar de cima, jogando tudo no meu corpo, que estava esparramado no sofá, fazendo graça.
            -Sabias que quase me matou hoje, guria? – parou ao meu lado, agachando-se.
            -Tu já disseste isso – peguei sua mão.
            -Mas não disse o motivo real – tocou seu nariz no meu pescoço – a febre já está baixando.
            -Eu sei – suspirei, não sabendo se falava do motivo real, ou da febre.
            -Cheguei a pensar que estava fugindo de mim.
            -Por que faria isso, peão? – ele deitou ao meu lado, passando o braço em volta do meu corpo.
            -Não sei. Tu és doida, marrentinha, vai saber – bati em seu braço, rindo.
            -Não a esse ponto – quando nossos rostos estavam praticamente colados, escutamos Jessy gritar, derrubando Léo no colchão debaixo de nós, fazendo-me gargalhar, mesmo com a dor na garganta.
            -Cozinha limpa. Já escolheram o filme?
            -Não. Mas temos um romance e um de corrida, o que vamos ver primeiro, amiga? – provoquei.
            -Deveria ser o de corrida, já que vamos dormir no filme de vocês mesmo – André revirou os olhos.
            -Concordo – Léo me puxou para baixo, cobrindo-nos com o mesmo cobertor.
            -Por mim tudo bem, e para ti, Jessy? – aconcheguei ainda mais nos braços do meu peão.
            -Conhecendo esses dois, sei que vai sobrar para nós o ronco deles – gargalhamos, vendo-os fazer careta. – Pode ser o de vocês primeiro – abanou a mão.
            Assistimos ao primeiro filme e como minha melhor amiga deduziu, Léo e André dormiram no nosso romance, fazendo com que chorássemos e suspirássemos sem nenhum dos dois para encher o saco.
            Dormimos os quatro agarrados um ao outro, como dois casais normais e no meio da madrugada, quando acordei para fazer xixi, observei como Léo dormia gostoso, praticamente me sufocando, de tanto que espremia seu corpo ao meu. Já André, carinhosamente, acariciava, mesmo que inconsciente, os cabelos de Jessy, que dormia no seu peito. Sorri, torcendo para dar tudo certo entre nós.
            Acordei naquela segunda-feira, que era feriado, com a garganta completamente fechada.
            -Ai! – resmunguei, vendo-me sozinha na cama improvisada.
            Levantei devagar, tonta de sono ainda e andei pela casa, procurando algum sinal de vida, flagrando André e Jessy se beijando na cozinha.
            -Ops! Desculpa, gente – falei rouca, assim que os vi pular, completamente sem graça.
            -A gente que pede desculpas, Bia. Estamos na sua casa.
            -André, não esquenta, – sorri – fico feliz que tenham se entendido.
            -A gente também – Jessy abraçou seu loirinho. – E ainda mais feliz por vocês.
            -Oi?
            -Bia, a gente sabe.
            -Mas... Eu ainda... – não sabia o que dizer, então resolvi desconversar. – Onde o Léo se meteu? – os dois riram da minha cara.
            -Acho que ele deu um pulo na fazenda. Quando o pai não está, ele fica responsável para ver como andam as coisas por lá.
            -Entendi – baixei os olhos.
            -Mas ele volta, guria. Não vai te deixar em paz tão cedo – André riu, beijando o rosto da namorada. Foi então que escutamos o barulho da caminhonete lá fora e vi os dois pularem novamente, cada um para um lado da cozinha.
            -Não vão contar para ele?
            -Ainda não, amiga. Precisamos preparar o terreno.
            -Está certo – Léo entrou como um tiro, cheio de sacolas, pela porta da cozinha.
            -Bom dia, gurizada.
            -Bom dia, Léo – suspirei, ganhando um beijo na bochecha.
            -Melhorou?
            -Um pouco. Ainda doe.
            -Normal – colocou as sacolas na pia. – Trouxe algumas coisas para nosso café.
            -Onde tu foste?
            -Tive que passar na fazenda. O pai não esta, então fui lá ver os peões. – assenti. – Por que, sentiu minha falta, marrentinha? – chegou por trás, beijando meu pescoço, me arrepiando.
            -Convencido – ele gargalhou, olhando para André e Jessy.
            -E vocês dois, vão ficar só olhando? Me ajudem a colocar a mesa.
            -Ok! – André respirou, aliviado, pensando que o amigo o caparia naquele momento, por estar se agarrando com a irmã dele.
            -Sabes que encontrei a Zefa no meio do caminho e ela mandou isso – colocou a travessa na minha frente. – E disse que era para ti, guria.
            -Ai, bolo de fubá? – lambi os lábios.
            -É. Ela disse que era para você sarar e ainda mandou o leite tirado da Mimosa hoje.
            -Que delícia. Obrigada, Léo. Agradece ela para mim – ele deu de ombros.
            -Agradeça, tu. Nós vamos almoçar lá.
            -O quê? Não, Léo. Não quero dar trabalho. Sua mãe está sossegada lá.
            -Nem pense em discutir, foi ela que mandou te levar até lá, para ver se tu estás bem. E ainda brigou, pois disse que deveríamos ter te levado ontem – sorri do carinho de Dona Luíza.
            -Tudo bem.
            Tomamos aquele delicioso café e se continuasse assim engordaria a olhos vistos.
            Dessa vez ajudei Jessy com a louça e subi para me arrumar.
            Estava animada, então coloquei um jeans apertado, com uma camisa azul, justinha. Deixei os cabelos soltos, como Léo gostava e arrumei meus óculos de grau no rosto, não esquecendo o de sol, por conta do tempo bonito que fazia naquele feriado.
            Quando cheguei perto da caminhonete de Léo nossa noite juntos passou como um flash na minha mente.
            -Não consigo olhar para ela sem lembrar, também. Tu lembras, não é? – sorri, sentindo mesmo sem vê-lo, que estava com medo.
-Te disse que não sofria de amnésia alcoólica, que teimoso – Léo respirou aliviado e chegando por trás abraçou minha cintura.
-Já disse que gosto deles soltos? – beijou meu cabelo.
            -Por isso eu deixei – me entreguei completamente, virando meu corpo para nos encararmos. – Acho que precisamos conversar.
            -Acho que precisamos fazer bem mais que isso, – ele riu – mas tudo ao seu tempo. Agora entre, o almoço da dona Luíza esta esperando a gente.
            -Ta – ele abriu a porta para que eu entrasse e foi para o seu lugar. Jessy e André já estavam no carro do loirinho. Será que Léo nem desconfiava? Tentei não pensar muito nisso.
            O trajeto até a fazenda foi tranquilo. Léo, sem nenhum vestígio de vergonha, colocou sua mão na minha perna, dando a deixa para que fizesse o mesmo com ele. Sorrimos, falando dos filmes que tínhamos assistido na noite anterior, quer dizer, que eu e sua irmã assistimos.
            -É que tu não ouviste teu ronco hoje, guria – ele deu de ombros, quando contei como tinha roncado durante o filme.
            -Eu não ronco, Leonardo – bati na sua perna.
            -Ronca, marrentinha.
            -Deve ser a garganta.
            -É, deve...  – ele revirou os olhos, fazendo com que lhe batesse ainda mais.
            -Chato.
            -Linda – parou o carro e nos aproximamos, sorrindo. – Estou louco para...
            -Meus filhos, ainda bem que chegaram – Dona Luíza me tirou do carro, já tentando medir minha febre e pedindo para que eu mostrasse a garganta.
            Nosso almoço foi divertido e para variar comi demais novamente.
            Também nem com dor de garganta se rejeitaria a comida da Fazenda Palmital, ainda mais com aquela maionese da Zefa. Já disse que sou viciada em salada de maionese?
            Depois do almoço, mostrando para a mãe que eu estava melhor, Léo me levou para dar uma volta pela fazenda, mas quando chegamos perto do curral parou, fazendo com que eu o olhasse.
            -Quer dar uma volta a cavalo? – colocou uma mecha atrás da minha orelha.
            -Só se me levar no mirante – ele sorriu.
            -Nosso lugar?
            -É – o acompanhei saltitando, não conseguindo deixar de transbordar felicidade em todos meus gestos.
            Léo arrumou apenas um cavalo, me ajudando a montar, se colocando logo atrás do meu corpo.
            -Sempre quis te levar para dar uma volta assim.
            -Estou adorando.
            -Selei a Preciosa por ser mansinha, como tu, hoje, é claro – belisquei seu braço. – Isso doe.
            -É para doer.
            -Retiro o que disse. Vai que a Preciosa resolve te imitar dando coice – nem dei ouvidos, encostando a cabeça no seu peito e assim andamos pela fazenda inteira.
E além do carinho e o acalento daqueles toques sutis, pude ver ali o orgulho de Léo ao mostrar-me seu trabalho. Explicou qual era a diferença entre trabalhar com o gado leiteiro e o de corte e qual estava dando mais lucro. Seu pasto estava cheio, mas disse que às vezes viajava em comitiva junto com os peões da fazenda, para compra de novos animais. Fiquei com ciúmes, imaginando-o naqueles bordeis da vida, mas me calei. Porém, nada bobo, ou já me conhecendo muito bem, Léo riu, dizendo que sempre foi o mais moleque da turma e que nunca havia participado daquilo que se passava pela minha cabeça. Sorri aliviada quando me vi olhando para o nosso lugar. O mirante.
Ao me ajudar a descer da Preciosa, Léo me pegou de surpresa, agarrando minha nuca e fazendo com que nossas bocas se encontrassem em uma saudade única.
            -Porra, que pensei que nunca chegaria essa hora. Queria fazer isso desde ontem – sorri, acariciando seus cabelos.
            -Eu também – suspirei, dando-lhe um selinho.
            -Se tu não se lembraste, Maria Beatriz... – Léo urrou no meu pescoço, me arrepiando.
            -Eu levaria uma coça.
            -Exatamente – beijou-me novamente.
            Passamos o resto da tarde ali namorando, sem maiores preocupações, ou conversas sobre o futuro. Ali no nosso lugar queríamos curtir e recuperar o tempo que havíamos passado juntos, só que sem poder se tocar como gostaríamos.
            No final da tarde começou a esfriar, por isso Léo me levou para casa. Quando chegamos lá, João já me esperava do lado de fora, preocupado, por saber por Luíza que estava doente. Léo contou a ele o que tinha acontecido desde sábado, não tudo, é claro. Se nem nós havíamos conversado, meu pai não precisava saber de nada ainda, não é?
            Despedimos-nos singelamente na frente de João, mas antes de dormir, brincamos muito ao telefone, comigo gargalhando e tirando sarro dele por conta do medo que tinha ficado do Delegado.
            Léo negou, dizendo que eu pagaria por aquilo.
            Dormi mais uma vez ouvindo o som da sua voz.
            A voz do meu peão...
            Do meu amor.
E depois de um final de semana perfeito, tinha que concordar com minha, agora cunhada, Jessianny.
            Terça feira chegaríamos à faculdade, resolvidas.
           


            

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