Capitulo 14 – A Usurpadora
"Eu vou contar meu segredo... Falar pro mundo
inteiro... Tatuar seu nome...
Roubar o seu beijo... Porque eu te amo sem medo... Quer saber... Faço de tudo pra te
merecer... Quer saber... O impossível é pouco pra você... Vou escalar o Everest com uma mão
só... Atravessar o oceano em um barco de papel... Se for preciso eu posso até
roubar um avião...Pra te levar pro céu... Eu
corro a 120 com o carro na contramão... Eu me lanço ao vento do décimo
quinto andar... Aprendo a voar pra te provar... Que
a fé move montanhas e eu movo o mundo... Pra te amar..."
Everest
– Fernando e Sorocaba e Luan Santana
-Fica,
amor. Ainda é cedo – me aconcheguei no seu corpo nu.
-Tu queres
que o Delegado me pegue, Maria Beatriz?
-Só mais um
pouquinho, peão – esfreguei-me nele também nua, sentindo-o se animar pela
terceira vez naquela noite.
Desde que
tivemos nossa primeira vez não paramos mais.
Porém
desconfiariam se ficássemos todos os dias enfurnados dentro da nossa cabana,
então, o jeito foi Léo voltar a escalar a janela do meu quarto com mais
frequência.
Ali tivemos
que aprender a linguagem dos sussurros e gemidos baixos, pois em hipótese
nenhuma poderíamos acordar João no quarto ao lado.
Naquela
noite havíamos chegado da balada depois da meia noite e passando das duas da
manha ainda estávamos acordados e cheios de amor para dar.
-Pequena,
seu pai vai pescar daqui a pouco e tenho certeza que ele vem se despedir de ti.
Preciso dar o fora – beijou minha testa.
-Promete
que amanhã passaremos a noite inteira juntos? – sorri maliciosa.
-Tu queres
acabar comigo, isso sim, – Léo se apertou mais em mim – mas prometo que amanhã
a noite é nossa.
-Oba! – ele
me beijou, calando minha boca.
-Vou acabar
levando um tiro por tua causa, maluca – agarrei seu pescoço, aprofundando nosso
beijo.
-Ainda bem
que já disse para João que vou dormir na fazenda.
-Sei. E o
pobre acreditou nessa tua cara de santa? – bati no seu ombro.
-Eu sou
santa, Leonardo. Na verdade, falei para ele ficar até domingo, meu pai merece
se divertir também. Vive nessa casa – parei pensativa.
-Ele vai,
pequena. Tu vai ver.
-Vamos
almoçar juntos amanhã? – mudei de assunto bruscamente.
-Acha que
sou louco de morrer de fome para te esperar.
-Léo –
resmunguei. – Prometo não demorar a acordar, se me prometeste... – toquei–o
intimamente, escutando seu gemido rouco no meu ouvido.
-Tu vais me
sugar até o fim, Maria Beatriz – urrou.
-Vou. Para
não deixar uma gota sequer para as vacas.
-Como se
precisasses disso. Tu não existes, marrentinha – mordeu meu ombro.
-Existo e
tu me amas.
-Deve ter
sido macumba – rimos e voltamos para debaixo das cobertas.
...
E como se
pudesse ler mentes, Léo saiu do meu quarto quinze minutos antes de João vir se
despedir de mim.
-Filha,
estou indo – beijou minha testa, tomando cuidado para não me acordar, do que
pensava ser meu décimo sono.
-Divirta-se.
-Tu também
e juízo – abri os olhos completamente, o vendo todo trajado de pescador.
-Pai, eu
tenho juízo – ralhei.
-Mas acho
que precisamos ter uma conversa sobre...
-Não, nós
não precisamos – não tinha conversado sobre isso nem com Maria Elisa, quanto
mais com João. Valei-me, Nossa Senhora!
-Bia, tu
e Léo já namoram há mais de cinco meses
e conheço bem os hormônios nessa idade. -- Claro que conhecia, fui concebida
sem querer no meio deles.
-Pai.
-Volte a
dormir, ainda é cedo – ou tarde, dependendo do ponto de vista. – Conversamos quando eu voltar.
-Tudo bem.
Boa pescaria e... Cuidado.
-Sempre
tenho. Amo você, filha.
-Também te
amo, pai – ele beijou minha testa e saiu. E não me restando alternativa,
agarrei Bartolomeu e dormi depois de uma noite bem proveitosa.
...
Acordei bem
disposta e ainda não passava do meio dia.
Tomei um
banho, e resolvi fazer uma visita surpresa para meu peão na fazenda e quem sabe
ainda pegaria o almoço da sogrinha na mesa?
Vesti uma
roupa confortável para o frio que ainda estava presente, mesmo já estando em
meados de agosto e peguei o jipe rumando para a fazenda Palmital, pronta para
pular no pescoço do meu amor.
Mas o que
encontrei assim que estacionei o jipe perto do curral fez meu coração ferver,
de ódio.
Léo
conversava animado com uma talzinha, completamente sem sal, que tocava seus
braços musculosos.
Hei! Esses braços são meus. Não está
vendo a aliança grossa no dedo dele, não?
Estava
enxergando tudo vermelho que nem vi quando Boi se aproximou.
-E aí,
marrentinha. A noite foi boa ontem, hein?
Cheguei em casa pra lá das três e o Léo ainda não tinha chegado.
` -Quem é
ela? – falei entredentes.
-Tu não
vais brigar comigo hoje? Estás doente? – tocou minha testa, gargalhando.
-Eu vou
repetir – meus olhos estavam fixos no casal à minha frente. – Quem é ela?
-Ela quem,
sua doida? – foi aí que resolveu seguir meu dedo e percebeu de quem estava
falando. – Daniela?
-Quem é
Daniela, Luis Carlos?
-Ela morava
vizinha da gente na outra fazenda – virei para o grandalhão na minha frente.
-E...
-E o que,
marrentinha?
-Vai, Boi,
desembuche.
-Tem nada
não, Bia. Só que ela era louca pelo Léo quando pequena e roubou seu o primeiro
beijo dele – disse simplesmente. – Mas a gente era tudo criança.
-O quê? –
meu sangue borbulhou. – Mas esse peão é muito galanteador mesmo.
-Marrentinha...
– virei indo em direção ao jipe e saí de lá cantando pneus. – Léo – escutei Boi
gritar e ainda pude ver meu digníssimo namorado correr atrás do carro. Naquele
momento tive vontade de voltar e passar por cima dele e daquela sem gracinha,
mas me controlei, deixando apenas eles comerem poeira.
Maltratei o
chão de Santa Maria, como Jessianny costumava dizer e depois de gastar quase um
tanque de gasolina e todas as minhas lágrimas, voltei para casa sem querer
saber de ninguém.
Meu celular
havia sido esquecido no banco do passageiro, mas quem se importava – dei de
ombros.
Subi para
meu quarto, tomando o cuidado para fechar a janela, pois naquela hora se Léo
aparecesse ali era capaz de eu jogá-lo lá embaixo.
Porra! Ele
era meu. Quem aquelazinha pensava que era para chegar e tomá-lo de mim?
Mas
espera...
Pelo que
Boi disse era a tal Daniela que tinha chegado primeiro e ainda por cima era
amiga de todo mundo e apaixonada por Léo – esmurrei o travesseiro. – Ali a usurpadora
era eu, não ela.
Droga! Eu
ia perder meu namorado, meus amigos, minha sogra.
O que seria
de mim sem eles?
Chorei
ainda mais agarrada ao Bartolomeu, começando a escutar uma movimentação
estranha do lado de fora de casa. E eu conhecia aquele barulho.
-Maria
Beatriz, abra essa janela agora – o monstro do curral estava ali. – Eu preciso
te mostrar uma coisa – fiquei curiosa indo até lá, vendo Leo junto com Boi pela
fresta do vidro – Estou falando sério, Bia - abri devagar e vi que Léo havia
pego um violão e começava a cantar uma música acompanhado por Boi.
-Não, Léo !
– chorei. – Eu vou jogar água!
-Vai nada –
e continuou a cantar -.".. Tinha que
ser você, o amor achou a gente..." – não estava acreditando. Meu peão
estava embaixo da minha janela me oferecendo uma serenata deixando-me ainda
mais apaixonada -"... Chamam isso de
amor eu também acho, mas seja como for, me dá um abraço."
Era Prefácio.
Desci as
escadas de dois em dois degraus e quando abri a porta da sala Léo estava ali.
-Quantas
vezes vai ser preciso te dizer que só tenho olhos para ti, hein? – pegou minha cintura violentamente.
-Ela te
beijou, – funguei – o Boi me contou.
-Por isso o
fiz vir junto comigo para pagar esse mico – apontou para o amigo encostado na
caminhonete.
-Foi lindo,
amor – escondi meu rosto no seu peito.
-Será que
agora tu entendeste? – acariciou minhas costas.
-Eu sinto
ciúmes – confessei.
-Nem
reparamos - Boi comentou lá atrás.
-Cala boca,
Boi – dissemos juntos, rindo.
-Já fez tua
parte, pode ir – Léo o despachou.
-E queres
que eu volte a pé?
-Vou
quebrar seu galho - meu namorado jogou a chave da caminhonete. – Mas se
encontrar um risco, eu te mato.
-Está
falando com o "AZ" do
volante.
-Só se for
um asno que não consegue ficar com a boca fechada.
-Léo! –
gritei. – Pelo menos já sei quem e a talzinha.
-E sabes
também que ela não significa nada.
-Nada
mesmo? – beijei seu pescoço.
-Vaza, Boi
– me pegou no colo. – Vamos subir que vou te contar uma historinha, Maria
Beatriz.
Amei a ideia e depois de uma tarde
fazendo amor, nos arrumamos para a roda de viola da fazenda.
Dentro do
jipe, Léo fez com que eu o olhasse.
-Tu
entendeste tudo, marrentinha?
-Sim –
revirei os olhos e continuei. – Daniela é filha dos vizinhos da fazenda onde tu
moravas. Ela é boazinha e era apenas uma criança quando te roubou aquele beijo
– meu sangue ferveu, mas disfarcei, sorrindo amarelo. – Os pais dela são amigos
dos teus e nesse momento, por coincidência, ele esta pescando com João e
Flávio, enquanto Daniela e a mãe, ficaram para passar o final de semana com
Luíza.
-E o
principal de tudo isso, Maria Beatriz? – apertou minha coxa.
-Só eu
causo esse efeito sobre ti – subi minha mão até... – ele gemeu.
-Exatamente
– agarrou minha nuca, beijando-me com paixão. – Alguma dúvida, pequena?
-Não. Eu te
amo, Léo – beijei seu pescoço. – E amei minha serenata.
-Viu o que
eu não faço por ti? Quase me mata de vergonha, Maria Beatriz.
-Aí, Léo,
eu quase morri também quando o vi rindo com ela – o danado gargalhou.
-Depois quando
falo que somos iguais... – balancei a cabeça, enquanto ele ainda ria.
-Vamos que
o povo está esperando a gente – deitei no seu ombro, beijando sua aliança.
-Entendido,
então?
-Entendido,
Leonardo Ávila.
-Então “bora”, guria – arrancou com o jipe.
Chegamos à
fazenda e a primeira pessoa que tive o desprazer de ver foi a boazinha da
Daniela, conversando com Jessy.
Mas será o
Benedito! Teria que dividir até minha melhor amiga?
Léo agarrou
minha cintura e nos aproximamos da roda de pessoas, sorrindo.
-Chegamos,
gurizadas – Daniela virou seu rosto, sorrindo, porém, sua cara de decepção foi
nítida quando viu onde estava a mão de Léo, na minha bunda.
Sorri ainda
mais, beijando sua boca.
Sim, eu
estava marcando meu território.
-Que bom,
meus filhos, onde estavam? Só faltavam vocês – Luíza me abraçou carinhosa.
Ponto para mim, Daniela, cara de panela.
-Madrinha,
esses dois aprontam e sobra para nós.
-Ninguém
manda ter a boca grande, Luis Carlos – Léo retrucou.
-O pessoal
já descobriu da serenata e está me estorvando.
-Boi, eu
amei – beijei seu rosto, sendo puxada possessivamente para junto de Léo
novamente.
-Serenata?
– Luíza suspirou.
-É,
sogrinha – olhei novamente para Daniela. – Seu filho fez uma serenata na minha
janela hoje à tarde – dei-lhe um selinho.
-Que lindo,
filho.
-Com a
Beatriz tem que ser assim, ou tudo ou nada – beijou meu pescoço.
-Os peões
estão tirando sarro – Boi apontou para os homens atrás de nós.
-Isso é
inveja por eu ter a namorada mais bonita. Vão caçar mulher, bando de
desocupados – Léo riu e arrumou a mão dentro do bolso da minha calça jeans.
-Leonardo,
olhe os modos – ralhou dona Luiza.
-Vamos
deixar de papo furado que preciso que tu me ajudes com o marshmallow para assar na fogueira – Jessy me tirou dos braços do
meu peão.
-Filha,
antes deixe apresentá-la a Daniela e a Magda – Luíza me puxou dos braços dos
filhos. – Esses dois disputam a pobre da Beatriz desde quando ela voltou para a
cidade – balançou a cabeça, rindo. - Minha filha, essas são nossas amigas de
Passo Fundo, cidade de onde viemos. E essa é a famosa Maria Beatriz.
-Prazer,
filha– Magda me abraçou. – Então estamos tendo o prazer de conhecer a famosa
namorada do Leonardo?
-Famosa não
sei, mas sim, sou eu a namorada do Léo – olhei para ele, que sorria, sem tirar
a mão da minha calça e sacudi minha aliança.
-Prazer – a
boazinha, disse tímida.
-O prazer é
todo meu – sabia ser superior também.
-Agora
vamos – Jessy me puxou.
-Vocês me
dêem licença – virei para meu peão. – Já volto – beijei seus lábios, sendo pega
de jeito.
-Estou de
olho – apontou dois dedos nos olhos, fazendo-me rir.
-Quem
deveria dizer isso era eu, peão – repeti seu gesto, já sendo puxada por sua
irmã.
-Eu preciso
te perguntar – respirei fundo, fuzilando a tal Daniela que não tirava os olhos
do meu namorado perto da fogueira. – Tu também és amiguinha dela? – apontei da
cozinha.
-Estás com
ciúmes de mim também, amiga? – Jessy gargalhou.
-Se disser
que sim me chamaras de louca?
-Louca,
não. Possessiva, com certeza.
-Possessiva
já basta, estou morrendo de ciúmes – confessei. – Vocês são meus, mas daí essa
aí chega e me olha como se eu tivesse usurpado sua amiga e namorado – Jessy
sentou na cadeira de tanto que ria.
-Usurpadora
não era aquela novela mexicana?
-Era – sentei ao seu lado.
-Para de
bobeira, guria. Não vou mentir que a Daniela sempre foi louca pelo Léo e por
isso também tentava ser minha amiga. Mas a única coisa que a pobre conseguiu
disso tudo foi um beijo roubado e um santo que nunca bateu com o meu – revirou
os olhos. – Ela é muito boazinha.
-E não
gostamos de meninas boazinhas, não é?
-Exatamente
– batemos as mãos, cúmplices. – Agora veja a diferença – mostrou Daniela que
não parava de olhar para o irmão. E depois o irmão que não parava de olhar para
mim. – Viu só quem mexe com as estruturas do peão ali?
-Vi – sorri
apaixonada.
-Então pare
de besteira e vá mostrar para a boazinha quem manda nessa casa – levantamos e
Jessy bateu na minha bunda.
-Obrigada,
amiga. Amo você também – ela sorriu.
-Mas essa
da usurpadora... Vou ter que contar para o Boi.
-Vai nada –
disse já da porta.
-Vou sim –
voltei rindo para a roda de viola, sendo agarrada por meu namorado que me
tascou um beijo daqueles.
- O que
tanto rias dentro daquela cozinha, hein?
-Nada. Só
estávamos relembrando uma novela – desconversei.
A roda de
viola foi bem divertida, com Boi nos enchendo durante o resto da noite, por
conta da serenata e da usurpadora, que Jessianny fez questão de contar.
Porém o
ápice do dia aconteceu já na nossa cabana.
Léo, ainda
dentro de mim, depois de mais uma vez chegarmos juntos ao céu, cantou para mim.
-"Eu vou contar meu segredo... Falar
pro mundo inteiro... Tatuar seu nome... Roubar o seu beijo... Porque eu te amo
sem medo... Quer saber... Faço de tudo pra te merecer... Quer saber... O
impossível é pouco pra você... Vou escalar o Everest com uma mão só...
Atravessar o oceano em um barco de papel... Se for preciso eu posso até roubar
um avião... Pra te levar pro céu... Eu corro a 120 com o carro na contramão...
Eu me lanço ao vento do décimo quinto andar... Aprendo a voar pra te provar...
Que a fé move montanhas e eu movo o mundo... Pra te amar... "
-Léo – chorei, tocando seu rosto
lindo.
-Eu
preciso colocar nessa cabecinha dura o quanto amo você, pequena. E como nada
vai me tirar daqui – se mexeu dentro de mim, fazendo-nos gemer.
-Tu
és tão perfeito que às vezes tenho medo de não passar só de um sonho.
-Um
sonho bem duro – riu, beijando meu pescoço. – Te amo, Maria Beatriz, e o que
fiz hoje foi pouco perto do que ainda posso fazer.
-Obrigada.
-Por
eu ser um peão grosso e irracional? – me instigou, estocando mais forte.
-Não
– o puxei pela nuca, beijando sua boca. – Por ser um peão lindo, que mesmo
grosso e irracional sempre será só meu – impulsionei meu quadril no dele.
-Tu
és doida, marrentinha.
-Eu
sei, mas você me ama mesmo assim.
-Tem
outro jeito? – Léo me trouxe para seu colo, e pude senti-lo bem fundo.
-Não,
não tem.
Passamos
o final de semana ali, na nossa cabana, apenas nos amando. Sem mais
preocupações, já que João acatou minha ideia passando o domingo também
pescando.
Nada
me separaria do meu peão, eu tinha certeza disso.
Léo
era minha vida, o ar que respirava e eu podia me considerar a garota mais feliz
e realizada desse mundo.
CENAS DO PRÓXIMO CAPÍTULO....
-Tu só podes estar brincando – entrei em casa feito um furacão
-Me escuta, Bia – Léo veio logo atrás ainda segurando as malditas passagens para São Paulo, que havia comprado com data para depois do Natal.
-O que está acontecendo aqui? – João veio da cozinha com a maior calma do mundo.
-Pergunte para seu genro, que teve a brilhante ideia de me levar para São Paulo – os dois se entreolharam, cúmplices. – Tu sabias – explodi. – O que é isso, um complô?
-Calma, Maria Beatriz. O Léo só acha certo conhecer sua mãe – gargalhei nervosa.
-Que lindo, vai pedir minha mão também para ela? Se prepare, Maria Elisa não é tão convencional e pode ser que até ria da tua cara – desdenhei, vendo-o baixar o olhar.
Porra!
A última coisa que queria nesse mundo era brigar com Léo, mas pensar na possibilidade de voltar para a casa de Maria Elisa me deixava completamente fora de mim.
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