Capítulo 15 – Tudo errado
Nós os chamamos de fracos... Os que são incapazes de resistir... À mais exígua chance de que pode existir amor... E por causa disso abandonam tudo...
Standing Outside The Fire - Garth Brooks
-Oi, tu viste o Léo? – era o terceiro amigo que perguntava sobre o paradeiro do meu namorado depois que saí da aula.
-Não, Bia. Não vi o Léo hoje.
-Obrigada.
Continuei andando pelo campus da
Federal muito movimentada ainda por estarmos já em meados de dezembro. Mas isso
eram resquícios da greve dos professores e funcionários que enfrentamos depois
de setembro. Tendo que compensar todas as aulas até janeiro, só pausando no
Natal e no Ano Novo.
Depois do episódio da Daniela, nunca
mais lembrado, diga-se de passagem, eu e Léo estávamos muito bem.
Ta... Teve
aquela vez que quase voei no pescoço de uma vaca na festa da república do Dé e
o dia que Léo “exigiu educadamente” que o cara se retirasse da festa por estar
encarando minha bunda.
O monstro do curral também apareceu
algumas vezes, fazendo com que Léo rebolasse para conseguir o meu perdão.
Mas tirando isso, estávamos em paz.
Até Maria Elisa havia sido tirada de sua lista de conversas primordiais,
fazendo-me respirar aliviada, principalmente depois que contei sobre meu
namoro, ainda tendo que ouvir...
“Vindo
de você não é algo que me espanta, Maria Beatriz. Começar a namorar quinze dias
depois da sua volta a Santa Maria com um peão de fazenda. Agora para completar
só falta cometer o mesmo erro que eu...”
Sim, para minha mãe eu era seu maior
erro.
Mas isso guardaria dentro de mim,
não querendo chatear o pai, que era uma das pessoas mais especial para mim, se
desdobrando entre seu papel e o de mãe. E muito menos Léo, que teria apenas dó
por eu não ter a família tão perfeita como a dele.
Avistei André do outro lado do
campus e corri até ele para ver se pelo menos o melhor amigo tinha alguma
noticia sobre meu namorado.
-Dé – gritei.
-E aí, Bia, beleza? – sempre tão
sossegado.
-Sim. Tu viste o Léo?
-Ele saiu depois da primeira aula e
não falou para onde ia.
-Estranho.
-O que é estranho? – Jessy se
aproximou, beijando o namorado.
-Seu irmão sumiu.
-Serve aquele? – apontou de onde
vinha o barulho estrondoso daquele trio elétrico que Leonardo ainda intitulava
de caminhonete.
-Onde tu estavas? – não deixei o
pobre nem estacionar direito.
-Oi, pequena – beijou minha boca. –
Também vou bem, e ti?
-Não enrola, Leonardo. Onde estavas?
– sim, nós éramos possessivos.
-Fui comprar isso aqui – sacudiu um
envelope.
-O que é isso?
...
-Tu só podes estar brincando –
entrei em casa feito um furacão
-Me escuta, Bia – Léo veio logo
atrás ainda segurando as malditas passagens para São Paulo, que havia comprado
com data para depois do Natal.
-O que está acontecendo aqui? – João
veio da cozinha com a maior calma do mundo.
-Pergunte para seu genro, que teve a
brilhante ideia de me levar para São Paulo – os dois se entreolharam,
cúmplices. – Tu sabias – explodi. – O que é isso, um complô?
-Calma, Maria Beatriz. O Léo só acha
certo conhecer sua mãe – gargalhei nervosa.
-Que lindo, vai pedir minha mão
também para ela? Se prepare, Maria Elisa não é tão convencional e pode ser que
até ria da tua cara – desdenhei, vendo-o baixar o olhar.
Porra!
A última coisa que queria nesse
mundo era brigar com Léo, mas pensar na possibilidade de voltar para a casa de
Maria Elisa me deixava completamente fora de mim.
-Desculpa, amor – respirei fundo, me
aproximando e tocando seu rosto.
-Pequena, eu pensei em algo
diferente para nosso Ano Novo e São Paulo é apenas uma delas. Sempre fui louco
para conhecer aquela cidade e o seu litoral... Então pensei... – não poderia
fugir para sempre e vendo que Léo só tinha boas intenções com essa viagem,
resolvi arriscar.
-Tudo bem, nós vamos – os dois se
olharam cúmplices novamente antes de Léo me abraçar, tocando nossos lábios com
um selinho.
-Nada vai acontecer, pequena. Eu vou
estar contigo.
-Eu sei.
Não, eu não sabia. E estava morrendo
de medo.
...
-Calma, estou aqui – Léo tentava
esquentar minhas mãos gélidas enquanto esperávamos nossas bagagens aparecer na
esteira. – Que porra é aquela, pequena. Andar de avião é muito bom – sorri da
sua animação e beijei seu rosto.
-E só de imaginar que foi em um
aeroporto como esse onde tudo aconteceu.
-Onde tu me atropelaste quer dizer –
apertou minha cintura, mordendo de leve meu pescoço. – Mas tenho que agradecer
para sempre nossos destinos – segurou minha nuca, dando-me um beijo de tirar o
fôlego.
-As malas, Léo – gritei quando as vi
passar por nós, rindo.
Saímos da sala de desembarque nos
deparando com Maria Elisa e isso fez com que fechasse completamente o sorriso
de minutos atrás.
E que nossa senhora me ajude.
-Meus queridos – ela veio sorrindo
ao nosso encontro.
-Oi, mãe – recebi seu abraço,
contrariada, virando para apresentar Léo, porém para variar Maria Elisa foi
mais rápida.
-Então é esse o peão que conquistou
minha filha assim que ela pisou em Santa Maria? – revirei os olhos, da ironia
que só eu percebia em suas palavras.
-Prazer, Dona Maria Elisa. Sim, sou
eu o namorado da Maria Beatriz – eles se cumprimentaram educadamente.
-Vamos. Quero levá-los em um
restaurante maravilhoso que reservei para jantarmos.
-Não precisa se incomodar – Léo me
cutucou. Mas ele não a conhecia como eu.
-Faço questão, filha. Sabe há quanto
tempo não nos vemos? – tocou meu rosto, tentando parecer carinhosa.
-Dez meses – contados todos os dias,
por conta da felicidade de volta a minha vida.
...
-E você toma conta da fazenda? – Léo
não havia soltado da minha mão desde que chegamos ao restaurante.
-Sim. Faço veterinária, mas
acompanho meu pai desde criança nos cuidados da fazenda – sorri orgulhosa dele.
– E a senhora faz o quê? – Léo era fogo.
-Trabalho em uma empresa de
cosméticos desde que viemos para cá. Graças a Deus, mesmo tendo engravidado com
dezoito anos, consegui terminar os estudos e hoje tenho uma ótima colocação –
me remexi na cadeira, incomodada, não passando despercebida por meu namorado.
-Vamos? Gostaria de te mostrar alguns lugares da
cidade – toquei seu rosto lindo, que tentava transparecer o mais pacífico
possível.
-Vamos sim.
-Podem usar meu carro – Maria Elisa
ofereceu. – Vou ficar em casa a espera de alguns amigos.
-Não precisa. Obrigada.
-Essa menina, nunca parou em casa –
balançou a cabeça, irritando-me.
-Quem sabe o motivo pelo qual nunca
fiquei em casa, não seja justamente, não me sentir bem ao lado dos teus novos
amigos – senti Léo contrair seu corpo ao meu lado. – A gente se vê amanhã – levantei sendo acompanhada
por ele.
-Boa noite, meus queridos – ela não
mexeu um dedo, ainda com sua taça de vinho nas mãos. – Ah, filha, preparei seu
quarto para os dois. Fiz certo?
-Você sabe que sim. Vem Léo – o
puxei.
-Quer conversar? – disse beijando
meu ombro, já dentro do táxi.
-Falar o quê? Que odeio São Paulo?
Vim para cá contra minha vontade, por causa de um pedido teu e do pai, as
pessoas que mais amo nessa vida. Ou que me dou super bem com minha mãe? – fui
irônica. - Coisa que tu percebeste desde Santa Maria.
-Bia, olhe para mim – segurou meu
rosto entre suas mãos. – Por que não
gosta dos amigos da tua mãe? Eles não foram loucos de...
-Não! – gritei, chamando atenção do
taxista. – Claro que não – minha garganta começou a ficar seca. – Minha mãe se
comporta como se tivesse dezoito anos, Léo. É baladeira e tem amigos com os
mesmos pensamentos, e eu... – senti meus olhos lacrimejarem – não sou assim.
-Eu sei quem tu és, pequena. - Não.
Tu não sabes. Solucei. Leonardo não conhecia nem de perto a Maria Beatriz de
São Paulo e isso me deixava ainda mais triste.
-Eu não aguentava ficar em casa e
conviver com aquilo. Por isso ela diz que não parava lá. Saia sempre com alguns
amigos da escola e depois da faculdade, mas quando chegava em casa tinha que
lidar com a bagunça no apartamento e muitos sermões, como se ela tivesse alguma
moral. Isso acabava comigo... – desabafei.
-Chegamos – o taxista anunciou.
-Vamos nos divertir – Léo beijo
minhas lágrimas, encerrando parcialmente o assunto. E percebi enquanto ele
pagava o taxista, como estava arrependido por ter forçado algo que agora via
que não me fazia bem, mas agora ja era tarde. Nós já estávamos ali.
Assenti e entramos no barzinho, que
era animado por uma banda ao vivo cantando MPB.
Tentei esquecer momentaneamente
minha mãe e me entreguei nos braços do meu peão que estava fazendo de tudo para
que eu me sentisse melhor.
Eu devia isso a ele, então nos
divertimos, bebemos e cantamos juntos.
-Isso é bem legal – sorri vendo tua
animação novamente. Era tudo novo para Léo. Desde o avião até a cidade grande.
-Eu gosto. Tem umas bandas legais e
o lugar é arejado. As vezes passo mal em ambientes muito fechados, sabia? –
beijei teu pescoço depois de gritar no seu ouvido por conta da música alta.
-Mas tu gostas da Kiss – repetiu meu gesto.
-Gosto – balancei a cabeça. – Acho
que sim. Fomos lá só umas três vezes também – ele confirmou. – Eu gosto, mas
não prefiro, entende?
-Não – gargalhamos – Tu és
complicada demais guria.
-Não viu nada ainda – o beijei
tentando não aprofundar o assunto para que
todos os problemas se dissipassem enquanto nossas línguas brincavam,
junto com as mãos que subiam e desciam, nos deixando bem animados.
-Tu estás me deixando doido, pequena
– se esfregou em mim, para que eu tivesse certeza do que estava falando.
-Vamos sair daqui – falei sem ar,
sentindo uma mão na minha bunda e a outra na nuca.
-Só se for agora – corremos até a
entrada do bar como duas crianças travessas, mas parei quando escutei alguém
chamar meu nome.
-Bia – olhei para trás e vi que era
Rodrigo, um dos amigos da época de balada.
-Oi! – na hora senti o corpo do meu
peão se contrair como uma armadura, fechou os braços na minha cintura.
-Quanto tempo, menina. Fiquei
sabendo que foi embora – se aproximou dando-me três beijinhos, que não pude
recusar conforme rezava a educação.
-É eu fui. Esse é meu namorado
Leonardo – o apresentei antes que o monstro do curral aparecesse.
-E aí, cara. Prazer, Rodrigo.
-Prazer – Léo estendeu tua mão a
contragosto e a outra, automaticamente foi parar na minha bunda. Sorri me
lembrando do episodio da Daniela.
-A gente já estava de saída.
-Foi bom te ver. Vê se aparece, ou
liga.
-Ok! Até mais, Rodrigo.
-Até.
Passamos pelo caixa em um silêncio
assustador. Só era essa que me faltava.
-Léo – o empurrei na parede, já fora
do bar.
-O quê? – ele estava bravo.
-Tu não ficaste bravo por causa do
Rodrigo, certo?
-Disse que ligaria para ele –
esbravejou.
-Não. Eu não disse. Só fui educada.
-Já ficaste com ele?
-Oi?
-Tu entendeste muito bem a pergunta,
Maria Beatriz.
-Por que isso agora, Leonardo? – saí
andando – se fosse fazer cara feia para todas as garotas que tu pegaste em
Santa Maria, estaria perdida.
-Tu faz! Até com aquelas que não
peguei – pegou meu braço com força, me fazendo parar. – Então ficou mesmo com
aquele mauricinho – ele estava afirmando.
-Táxi – estendi minha mão livre,
vendo o carro parar ao nosso lado.
-Pode ir, parceiro. A gente ainda
não terminou por aqui.
-Ficou maluco. Isso não é Santa
Maria não, Leonardo – gritei.
-Tu ficaste com ele? – gritou de
volta.
-Nos beijamos uma vez. Satisfeito? –
ergui minhas mãos para o alto – porque tu sabes mais do que ninguém que
pertenço a uma única pessoa.
-A mim – se aproximou, tocando meu
rosto.
-A um peão louco, marrento e
possessivo – ele agarrou minha cintura.
-Pode até ser, mas não fui eu que
quase joguei desinfetante de morango na cara de uma guria. E olha que aquela eu
não tinha pegado – bati no seu peito, já presa nos seus braços.
-Vai lembrar isso para o resto da
minha vida?
-Se precisar... – Léo ergueu meu
rosto com a ponta do nariz. – Somos dois loucos ciumentos.
-Tenho que concordar – sorri, o
abraçando.
-Será que podemos ir agora? Não
estou aguentando dentro da minha calça.
-Tu que dispensaste o taxi, agora
trate de arrumar outro – dei de ombros e saí andando na frente.
...
-Ora, ora que as crianças chegaram
cedo – abri a porta do apartamento me deparando com Maria Elisa e um cara, que
parecia estar de saída.
-A gente vai para meu quarto.
-Estou indo. A gente se vê, gata –
ele beijou minha mãe que sorriu, fazendo com que eu virasse o rosto, sendo
amparada por Léo.
-Vem, vamos para o quarto – o puxei
pela mão.
-Esperem. Não querem beber nada? –
ela apontou para o bar e ali pude ver que estava alterada.
-Não – fui fria.
-Sempre tão certinha! Quem vê
pensa... – desdenhou.
-Pensa o quê?
-Bia, vamos para seu quarto – foi a
vez de Léo me puxar.
-Não – soltei seu braço, explodindo.
– Qual é o teu problema comigo?
-Eu queria que tivesse sido mais
inteligente – ela riu, ironicamente.
-Como você não foi, certo?
Engravidando e estragando tua vida aos dezoito anos?
-Te trouxe para cá tentando abrir
seus horizontes. Queria você conhecendo o mundo, mas escolheu a vida
provinciana do seu pai – olhou para Léo.
-Escolhi ser feliz – gritei,
começando a chorar.
-O que entende de felicidade,
menina?
-Bem mais que ti, eu não precisei
viver como uma qualquer a vida inteira para encontrar essa felicidade que enche
tanto a boca para dizer. Tenho pena dos chifres que meu pai levou – ela
levantou a mão, batendo com força no meu rosto.
-Nunca mais repita isso. Eu nunca
traí seu pai.
-Bia – Léo me segurou, ainda em
transe com nossa briga.
-Por que não me deixou com ele? –
solucei. – Por que não me abandonou quando eu nasci?
-Queria um futuro melhor para você.
-Que futuro? Mudar para São Paulo e
vê-la trazer um homem diferente por dia para esse apartamento? Você não sabe o
que é o amor, Maria Elisa – balancei a cabeça.
-E o que entende sobre isso, garota?
O que esse peão te dá?
-Limpe sua boca para falar dele! –
respirei fundo – Respeite pelo menos a pessoa que conseguiu o que você nunca
tentou... – perdi as forças das pernas e
se Léo não me segurasse tinha ido para o chão – me fazer feliz. Você é suja,
Maria Elisa. Eu tenho vergonha de ser tua filha.
-E você uma menina ridícula que
agora vai para seu quarto se entupir com aqueles remédios. Ainda bem que hoje
quem te faz feliz – ela ironizou – vai levá-la para o hospital, porque minha
cota de salvar suicida já se esgotou – avancei para cima dela, querendo matá-la.
Ninguém sabia disso. Nunca havia tocado no assunto desde que cheguei em Santa
Maria.
-Sua... – esperneava no colo de Léo.
– Eu nunca tentei me matar, só queria dormir – fui ficando fraca e senti que
surtaria a qualquer momento.
-Vem, amor. Eu vou cuidar de ti –
meu namorado ainda assustado, por nunca ter presenciado algo tão feio, me
aninhou em seus braços. – E a senhora deveria ter vergonha em deixar tua filha
chegar nesse estado.
-Quem você pensa que é para me dar
lição de moral, garoto?
-A pessoa que mais ama tua filha
nesse mundo – ela ia retrucar, mas percebeu que faria isso com tuas próprias
palavras. – Não precisa dizer nada, Dona Maria Elisa. Agora percebo que o maior
erro aqui foi o meu, de incentivar essa viagem. E para mim, não adianta bancar essa
pose, porque na verdade não passa de uma coitada. Vem, pequena – me ninou nos
braços. – A senhora pode ter desejado que sua filha conhecesse o mundo e deve
me odiar por isso, mas eu só quero que ela seja feliz. E se depender de mim, nunca mais colocará os
olhos nela – escutava tudo muito longe, então percebi que Léo começou a
caminhar, abrindo a porta do meu quarto.
Quando entramos fui direto para o
banheiro em busca do meu remédio.
-O que tu pensas que esta fazendo? –
Léo me pegou pelo braço, voltando para o quarto.
-Eu preciso tomar meu remédio –
sentia meu corpo cada vez mais fraco.
-Não, tu não precisas. Eu estou aqui
– ele beijava meu rosto, agarrando-me ainda mais a ele, Léo também estava no seu limite.
-Nunca tentei me matar, amor. Nunca.
-Shiu.
-Só queria dormir.
-Vai passar.
-Eu sou um erro, ninguém nunca vai
me amar – não sabia mais de onde tinha força para falar. – Preciso do meu
remédio.
-Eu estou aqui, tu não precisas mais
deles – senti o corpo de Léo tremer e quando ergui os olhos, vi lágrimas saindo
dos seus olhos. – O que ela fez contigo, pequena.
-Eu não queria vir – voltei a chorar
baixinho.
-Eu sei, meu amor, agora eu sei.
Calma, nós vamos dormir e amanhã te levarei daqui.
-Você está com pena de mim, não
quero que me ache maluca. Eu não sou... – meus olhos começaram a fechar. – Tu
estás com vergonha de mim. Precisa ir embora – o empurrei.
-Nunca sentiria vergonha de ti. Vai
ficar tudo bem, eu te amo e não irei a lugar algum – apertou-me ainda mais no
seu colo.
Escutando aquela declaração apaguei,
já não tinha mais forças.
Léo havia conhecido a verdadeira
Maria Beatriz.
Aquela que surtava por conta de
qualquer coisa.
Aquela que se sentia a pessoa mais
rejeitada desse mundo.
Aquela que nunca mais havia
aparecido depois de voltar a ser feliz.
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