sábado, 28 de novembro de 2015

Léo e Bia... Capítulo 16


                                     
  Capítulo 16 – Minha marrentinha
                     "Mas talvez você não entenda... Essa coisa de fazer o mundo acreditar...                                                                                                                                                                                                                                                                                                              Que meu amor não será passageiro... Te amarei de janeiro a janeiro...                     Até o mundo acabar... "
De janeiro a janeiro – Nando Reis e Roberta Campos

Léo
Nunca me passaria pela cabeça que isso fosse acontecer quando viéssemos para São Paulo.
Maria Beatriz sempre foi a melhor parte de mim, nunca quis deixá-la nesse estado.
Lembro da primeira vez que a vi, em uma noite que visitei o Delegado João, na sua casa.
Linda...  Aqueles olhos verdes me fascinaram desde o começo, mesmo ainda sendo apenas uma pintura emoldurada na parede. Chegando ao ponto de ser chamado de louco por Boi quando confessei que a menina da foto não me saía da cabeça e que ela seria minha.
Sabia exatamente quando ela estaria voltando para Santa Maria e lá estava eu, louco para ser atropelado por ela.
Sim, eu armei uma encomenda no aeroporto para ser a primeira pessoa com quem ela esbarraria assim que pisasse na cidade. E quando João chegou, meu coração parecia querer saltar para fora com medo de ser descoberto.  Mesmo desconfiando, disfarçou bem.
Corri o risco. Não abriria mão de tê-la nos meus braços antes de voltar à faculdade. Nenhum engraçadinho iria se meter com minha garota. E quando Leonardo Ávila colocava uma coisa na cabeça, ninguém tirava!
Naquela mesma noite tentei mostrá-la como podia ser legal e a quermesse veio a calhar. Quando entramos naquela cabine de fotos, minha vontade era beijá-la, mas não queria assustá-la, iria devagar.
Dias depois estraguei tudo, entrando feito um bronco no curral. Precisava aprender muito ainda, principalmente se quisesse conquistar minha pequena.
Ela nunca baixou a cabeça, me enfrentou desde o primeiro dia, mostrando que não teria medo do monstro do curral, apelido que me deu quando me viu cuspindo fogo.
Depois daquela primeira festa na república, não tinha mais para onde fugir. Mesmo parecendo tão superior e bronco a respeito de sentimentos, quando se tratava de Maria Beatriz meus quatro pneus arriavam.
Minha marrentinha não queria vir para São Paulo e eu e João, insistimos para que ela pudesse ver a mãe e enfrentar seus medos, que até aquela noite não entendia muito bem do que se tratava.
Precisava falar com o Delegado, por isso me remexi debaixo do seu corpo, devagar para não acordá-la, não queria assustá-lo no meio da madrugada. Quando acordássemos conversaria com Bia, para que ela mesma contasse ao pai o que tanto lhe afligia.
Ela, que me parecia tão forte quando me enfrentava todos os dias, naquele momento estava completamente entregue e fora de si, em busca de remédios que nem sabia que ela tomava.
Diante de tantos conflitos, mais o ódio que estava sentindo daquela pessoa que se intitulava sua mãe, tentei dormir passando toda a proteção e amor para minha menina que agora estava agarrada a mim, tão desamparada e tão entregue.
Se pudesse, naquele momento, daria todo o amor que Maria Elisa negara para minha pequena. Eu ia tirar  toda a angústia de dentro daquele peito sofrido. Faria que cada lágrima caída secasse. E seu sorriso voltaria a brilhar assim como o sol que novamente iluminaria nossas vidas. Era assim que eu queria e ia fazer.
Um sol brilhando forte, enquanto brigava, sorria, amava...
Agora havia se fechado no meio de tantas nuvens, há tanto tempo evitadas por ela.
Por isso ela não queria tocar no assunto, o receio da viagem. Porra! Como  pude ser tão burro?  Estava na cara o tempo inteiro.
Dormi com aquele sentimento de culpa pesando no meu peito, que só piorou, quando pela manhã não a encontrei ao meu lado.
-Bia –  chamei da cama, mas nenhuma resposta foi me dada. – Pequena – fui até o banheiro e droga! Maria Beatriz tinha sumido e levado todos os remédios.
Saí cambaleando do quarto encontrando sua mãe tomando café calmamente na sala.
-Onde ela está?
-Ela quem, garoto?
-A Maria Beatriz não está no quarto, aonde ela foi? O que fez com ela? – acusei sem conseguir raciocinar direito pensando em minha pequena no meio daquela cidade tão grande.
-Pensei que estivesse dormindo, – deu de ombros – é o que ela faz quando toma aqueles remédios.
-Como teve coragem de deixar sua filha chegar nesse estágio? – a olhava incrédulo.
-Você não sabe de nada.
-Não, eu não sei. Mas daria tudo para saber – sentei cansado, vendo-a levantar e começar a andar de um lado para o outro, pela primeira vez demonstrando um pouco de sentimento.
-Eu só queria a felicidade dela, aqui ao meu lado. Com um mundo inteiro para se conhecer – sentou ao meu lado.
-Em nenhum momento pensou que não era isso que ela queria – foi minha vez de levantar, impaciente. – Que ela só precisava ser amada, depois de se sentir um erro a vida inteira? Não conheço a senhora, Dona Maria Elisa, mas conheço sua filha e ela é bem diferente da menina que vi aqui acuada ontem querendo apenas um abraço seu – senti meus olhos arderem. – Me fale onde ela pode estar, por favor.
-Vem comigo.
A mãe de Bia me levou, em silêncio, para um parque muito bonito, no meio da cidade. O lugar era cercado de árvores, passarinhos cantando e logo percebi que ali minha menina se sentia bem.
-É melhor você ir sozinho – assenti.
- Por favor, deixe nossas coisas na portaria, como disse para senhora ontem a Maria Beatriz não volta nunca mais para tua casa no que depender de mim – Maria Elisa baixou os olhos.
-Cuide dela.
-É o que estou fazendo – desci do carro, começando a correr feito um louco para dentro do parque.
As pessoas caminhavam, brincavam com crianças, cachorros e senti pela primeira vez, paz naquela cidade tão grande, que tinha feito tão mal a minha marrentinha.
Andei mais alguns metros encontrando-a sentada debaixo de uma árvore, encolhida como se tivesse com medo.
Agachei, tocando seu rosto lindo, vermelho de tanto chorar. E quando me olhou percebi que seus olhos estavam longe, com certeza por conta dos remédios que havia tirado do armário do banheiro.
-Eu te mandei embora – fungou, encolhendo-se ainda mais.
-Tu já fizeste isso algumas vezes, pequena. Mas eu nunca fui, sabe por quê? – coloquei seu corpo pequeno no meu colo.
-Não.
-Porque te amo, não sei mais viver sem vc. – sussurrei no seu ouvido.
-Sou muito complicada, Léo. Não sou boa para ti. Deveria mesmo ter ido embora – sorri, beijando seus cabelos quando senti que seu corpo não concordava com suas palavras, pois se aconchegou ainda mais nos meus braços.
-Quem tem que decidir isso sou eu, guria. E não vou para lugar algum. Precisamos continuar a nossa viagem – ela me olhou sem entender. - Vou te levar para um lugar bem bonito hoje
-Onde? Não quero voltar para casa dela.
-Não vamos – beijei levemente seus lábios. – Lembra que te disse que nossa viagem seria especial?
-Lembro.
-Nós vamos passar o Ano Novo na praia – seus olhos se iluminaram um pouco.
-Mas lá essa época do ano é uma loucura.
-Já deixei tudo reservado – a vi sorri pela primeira vez desde ontem.
-Eu te amo.
-Eu também te amo, pequena. Só deixa eu cuidar de ti, por favor – me apertava ainda mais a ela, como se disso dependesse a nossa vida.
-Eu deixo.
Ficamos mais um tempo ali apenas nos curtindo e mesmo sentindo que teríamos muito ainda o que conversar, queria que ela estivesse mais forte, sem o efeito daqueles remédios, para lhe dar a certeza que nada faria com que saísse do seu lado.
Liguei para a locadora de carros, que tinha reservado desde Santa Maria e essa o levou até nós no parque.
Já no caminho para a praia percebi que minha pequena olhava para o nada desde que saímos da cidade, então resolvi puxar um assunto qualquer.
-Reservei uma pousada gostosa em Ubatuba – ela virou um pouco o rosto para mim sorrindo, porém logo voltou para a janela.
-Eu gosto de lá.
-Eu sei, tu me contaste de um Ano Novo que passou com João lá, ele que me ajudou.
-Meu  pai é bom para achar essas coisas no meio do mato.
-Verdade – sorri apertando sua mão. – Não vai ter muita balada, mas eles me garantiram que a ceia e a fogueira são garantidas.
-Vai ser gostoso.
-Trouxe roupa branca? – queria animá-la.
-Vestido, blusa e biquíni e o senhor? – beijei sua mão quando nossos olhos se encontraram e percebi que ela sorria com eles.
-É claro que sim.
-Ótimo. É tradição passarmos o Ano Novo com roupa branca.
-Trouxe a cueca também, dizem que as mulheres compram um arco íris de calcinhas para escolher o que vão querer no próximo ano – ela virou todo o corpo, deitando a cabeça no meu ombro.
-Mas é um bobo mesmo.
-Que cor é a sua, pequena – ela me olhou intensamente.
-Branca. Eu só quero voltar a ter paz, Léo.
Pronto!
O burro xucro aqui tinha estragado tudo, Bia logo fechou os olhos e só  abriu quando chegamos à pousada.
Havia escolhido uma a beira mar, isolada da cidade, onde pudéssemos ter sossego e começar o Ano Novo nos curtindo com os pés na areia.
Já era dia trinta e um e a movimentação dentro dela era intensa.
Um funcionário nos ajudou com a bagagem e quando chegamos ao nosso quarto, Bia foi direto para o banheiro, saindo de lá com um biquíni e uma saída de praia, brancos.
-Vamos! O que está esperando? – beijou meu pescoço.
-Vamos, pequena, quero aproveitar o restinho de tarde contigo dentro da água – agarrei sua cintura.
-Eu também – ela sorriu jogando minha mochila, enquanto ia atrás do protetor solar.
Maria Beatriz não havia tocado no nome da mãe em nenhum minuto, nem quando tivemos que passar no seu prédio para pegar nossa bagagem, comigo avisando no caminho, que já tinha pedido para deixarem as malas na portaria.
Já na praia, que ficava a alguns metros da pousada, conseguimos nos distrair, mesmo percebendo minha pequena ainda tensa.
Entramos na água, brincando como duas crianças, pulando ondas, tentando afogar um ao outro e rindo muito.
Voltando para a areia, completamente ofegantes, aconcheguei-a nos braços vendo seus olhos perdidos naquela imensidão sem fim a nossa frente.
-Que tal um cochilo? – beijei seu pescoço.
-Só se tu me amares antes! – virou o corpo, enlaçando as pernas na minha cintura.
-Isso foi um pedido? – sorri malicioso.
-Foi! – gritou quando levantei com ela no colo e corri até nosso quarto, amando-a por inteiro.
...
Acordei novamente sozinho e mais uma vez o desespero me invadiu. Onde Maria Beatriz tinha se metido? Será que precisaria amarrá-la no pé da cama?
Sentei na cama e quando olhei para seu travesseiro vi um envelope ali, fazendo meu coração gelar sem saber para onde ir primeiro. Pois se saísse correndo atrás dela não saberia o que havia naquela carta, então respirei fundo, rezando para que minha marrentinha não tivesse feito nenhuma besteira e abri o envelope, observando sua letra redondinha contida ali.
Oi, amor!
Depois de tantas coisas descobertas de ontem para hoje, resolvi me apresentar de verdade.
Prazer, meu nome é Maria Beatriz Albuquerque.
Um pouco mais complicada que a namorada até então vista por ti.
Um dia tu me disseste que não conseguia expressar seus sentimentos tão bem quanto eu. E pela primeira vez, eu menti.
Nunca soube lidar bem com minha vida, Léo. Mas as palavras sempre foram minhas companheiras, por isso decidi contar um pouco de mim através dessa carta.
Fui uma criança muito assustada, sempre com medo de tudo, sendo maltratada por Maria Elisa e amparada todas as vezes por meu maior protetor e melhor amigo, João.
Só que as coisas se complicaram muito, quando no meio da minha adolescência conturbada, ela resolveu ir embora de casa, me levando  junto. Implorei para que me deixasse em casa, com meu pai, mas ela foi irredutível, sempre com a mesma desculpa de querer me fazer conhecer o mundo.
Eu só queria ser feliz, como agora estou ao lado do meu pai, da Jessy, do Dé, do Boi, dos seus pais e principalmente ao seu lado, amor.
Minha mãe sempre me crucificou por isso. E a cada dia que se passava sentia cada vez mais a tristeza tomar conta de mim, até não conseguir mais sair  da cama.
E eu só tinha quinze anos.
Para facilitar sua vida, ela me levou a um psiquiatra, dopando-me de remédios sem se preocupar em perguntar como eu estava, ou apenas me colocar no colo.
Comecei também a me tratar com uma terapeuta e foi através do trabalho da Laura, que me apaixonei pela psicologia.
Em nenhum momento quis preocupar João com meus problemas. Pode ter sido meu maior erro, mas pensei que voltando para minha casa tudo ficaria bem, até parei de tomar meus remédios, só que vi tudo voltar ontem à noite e surtei na sua frente.
Nunca quis me matar, como a Maria Elisa disse. Acho que sou muito covarde para isso.
Tomei sim, doses excessivas de remédios para que pudesse dormir. Era apenas essa minha vontade, ver o tempo passar até receber a notícia que poderia voltar para Santa Maria.
Ela nunca se deu o trabalho de me perguntar o que estava acontecendo. Sempre muito ocupada com seu novo trabalho, os amigos e a cidade que a conquistava a cada noite. Chamava-me de suicida e problemática, porém descobri com a terapia, que isso a incomodava.   Eu era o reflexo das atitudes grosseiras dela e ela jamais aceitaria que errou tanto comigo.
Minha mãe sempre esteve em busca de algo e tenho a impressão que nunca irá encontrar. E meu medo, amor, era terminar como ela.
Mas o meu sol voltou a brilhar no dia que te atropelei no aeroporto. Aquele foi o momento mais feliz da minha vida. Voltei para os braços do meu pai e cai literalmente nos seus.
Ali não precisava mais sofrer. Queria e voltei a ser feliz.
E hoje, morrendo de vergonha, depois de apresentá-lo a quem tanto quis esconder, me abro inteiramente pra ti , amor.
Espero que possas me perdoar e venha me encontrar na praia para começarmos, assim como o ano novo, uma vida nova, juntos.
Te amo muito.
E obrigada.
Beijos
Tua marrentinha.
Terminei de ler sua carta com lágrimas nos olhos.
Sim, minha marrentinha havia finalmente confiado em mim e ali percebi que mesmo com tantas coisas para conversar, nos considerávamos o sol um do outro.  A mim, só restava aquecê-la com um abraço, iluminando-a com meu sorriso , mostrando que tudo ficaria bem.
Saí correndo pela segunda vez em menos de vinte e quatro horas, encontrando-a sentada à beira mar, inteiramente de branco, a espera de algo novo, que com certeza daria a ela.
-Muito prazer. Eu sou o Leonardo – cheguei de mansinho, vendo seu olhar perdido observando as ondas no mar.
-Maria Beatriz, muito prazer – virou, sorrindo timidamente.
-Obrigada pela história – sacudi a carta.
-Tinha tanto medo que me achasses louca e não quisesses mais ficar comigo.
-Então precisamos mesmo começar de novo – sentei-me ao seu lado na areia. – E agora será minha vez de me apresentar – entrelacei nossas mãos, sem desconectarmos o olhar do mar. - Meu nome é Leonardo Ávila. Moro em Santa Maria, Rio Grande do Sul – Bia começou a chorar e a peguei no colo. – E me apaixonei a primeira vista por uma linda menina há uns tempos atrás.
-Essa menina também se apaixonou a primeira vista, sabia? – fungou.
-Acho que não no mesmo dia que eu – beijei seus cabelos. – Me apaixonei por um quadro e desde então sonhei com minha marrentinha todas as noites, sendo chamado de marica por Boi até hoje, depois que confessei isso a ele – Bia sorriu. – É... – balancei a cabeça - também acho que deveria ter feito isso com o Padre Olavo – gargalhamos. – Mas ainda tenho fé nos melhores amigos.
-Tu estás querendo me dizer que se apaixonou por mim antes de me conhecer? – ela parou de rir e fiquei com medo de ter cometido um engano ao contar o começo da nossa história para ela.
-É – disse envergonhado. E Bia fixou os olhos nos meus, curiosa. – Me apaixonei por ti ainda antes do Natal. Fui até tua casa convidar João para cear conosco quando me deparei com tua pintura na parede da sala. Encantei-me contigo a primeira vista.
-Isso é lindo! – ela suspirou, tocando meu rosto.
- E como sabia o dia da sua chegada, resolvi estar no aeroporto também – falei simplesmente.
-Tu me atropelaste, então? – acusou-me.
-Não. Tu me atropelaste – rimos juntos.
-Mas será que valeu a pena todo esse sacrifício, sabendo que sua marrentinha não passa de uma boba tentando resolver tudo sozinha? – vi seu semblante mudando novamente.
-Não será tão fácil se ver livre de mim, Maria Beatriz. Principalmente agora que a menina da pintura resolveu pedir ajuda, certo?
-Certo – baixou a cabeça.
-E pelo jeito vou me acostumar até mais fácil com essa nova marrentinha. Ela é mais calma e não briga – bateu no meu braço. – Aí, isso dói – Bia deitou a cabeça no meu peito.
-É para doer – sorriu.
-Podemos dizer que a menina está mais frágil, porém, não menos brava.
-Isso.
-Dez... Nove...
-A contagem? – ela perguntou olhando para o aglomerado de pessoas perto da fogueira.
-2013 vem aí, pequena – levantei, arrastando-a comigo.
-Temos muito que conversar ainda, não é?
-Desde que tu estejas preparada...
-Eu te amo.
-Também te amo, Bia. E prometo diante desse ano que se inicia que darei o céu e o mar para te ver feliz de novo – ela começou a chorar. – Sem choro, hoje eu quero só te amar – ergui seu corpo nos rodopiando até cairmos novamente na areia.
-Juro pra você, junto com esse ano que se inicia, começar uma nova vida junto de ti.
-E eu... – começou tocar Nando Reis e cantei em seu ouvido. – Olhe bem no fundo dos meus olhos. E sinta a emoção que nascerá quando você me olhar. O universo conspira a nosso favor. A conseqüência do destino é o amor, pra sempre vou te amar... Mas talvez, você não entenda. Essa coisa de fazer o mundo acreditar. Que meu amor não será passageiro. Te amarei de janeiro a janeiro. Até o mundo acabar...
E aquela era a mais pura verdade.
Lutaria por minha pequena, mesmo que ela me mandasse embora, que desistisse de tudo, que brigasse comigo.
Maria Beatriz era minha vida, e eu só ficaria bem se ela estivesse bem.
Simples assim.





2 comentários:

  1. Adorei como sempre muito fofos! Esperei ansiosa por este capitulo, só gostava que os momentos deles fossem um pouco mais hots! ;) Um beijo bom fim de semana

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