Capítulo 13 – O grande dia
"Ah,
eu amo você... Teus segredos, vou aprender a decifrar...
Teus desejos, me ensina a realizar...
Eu te estudo, te admiro, te espero...
Será que um dia vai me
amar?"
Teus
Segredos - Fernando e Sorocaba
Estávamos
todos empoleirados em cima da caminhonete de Léo, enquanto a próxima aula não
começava, escutando as músicas que explodiam daquelas caixas acústicas que
nunca aprenderei a falar o nome, conversando e rindo muito.
Léo
fazia-me recordar o show de Fernando e Sorocaba de alguns dias atrás cantando Teus Segredos, sussurrado no meu ouvido.
Estava perdida na sua voz e nos braços envoltos à minha cintura, apenas
sentindo a sensação de ser amada.
Mas fui
tirada dos meus carinhos, quando Boi se aproximou cantando a próxima música do
cd, olhando diretamente para mim.
- "Delegada será que sou motivo de investigação..."
– ele fazia uma dança engraçada fazendo todos rirem, menos eu, que cruzei os
braços na frente do peito. – Eu conheço uma delegada muito brava, que deve ter
até aquelas algemas na bolsa – ele estava me provocando.
-Eu posso
saber o que tu estás fazendo aqui esse horário, Luis Carlos? – nessa briga
ninguém sabia quem era mais marrento, mas no fundo amava aquele peão também.
Enquanto isso, Léo não tirava os olhos das mãos de André na cintura de Jessy. –
Sua aula não é só à noite?
-Está
magoando meu coração, delegada... Quer dizer, marrentinha – revirei os olhos,
mas quando estava prestes a retrucar Léo gargalhou, se divertindo com nossa
briga e Boi aproveitou para continuar. – Vim buscar os convites para a festa da
sexta – olhei para meu namorado sem entender.
-Que festa?
-Nós não
vamos – deu de ombros tragando seu cigarro.
-Por quê? –
virei de frente para ele, embasbacada com sua beleza em meio à fumaça...
-Porque nós
temos uma coisa para fazer.
-O quê? –
achei tão estranho aquilo. Léo não dispensava uma festa por nada desse mundo.
-Sabe que
dia vai cair sexta feira, Maria Beatriz? – sim, eu sabia. E por isso sorri
apaixonada por ele também ter lembrado.
-Sei, é
nosso aniversário de um mês de namoro.
-Exatamente
– me virou novamente para o pessoal, mas Boi não se contentou em ficar com a
boca fechada.
-Deixar de
ir a uma festa daquela? Tu só podes estar louco.
-É melhor
assim. Não quero me estressar com uma namorada que não coloca uma saia com mais
de cinco centímetros. Prefiro levá-la para jantar bem longe de vocês – me virei
novamente batendo no seu ombro.
-Que horror!
Isso é coisa de se falar, Leonardo. Minhas saias não são tão curtas.
-Mas os
shorts são.
-Cala boca,
Boi – eu e Léo dissemos juntos.
-Quer que
eu conte para eles o que vamos fazer, Maria Beatriz – sussurrou no meu ouvido.
– Já imagino todos apostando sua virgindade no palitinho.
-Léo... –
me derreti e ganhei um beijou no pescoço.
-Eu disse
que iria ser especial.
-Obrigada –
enlacei seu pescoço, o beijando intensamente.
-Uhuh! – os meninos gritaram.
-Pronto, o
show acabou, vão procurar o que fazer que eu e a Maria Beatriz vamos dar uma
volta.
-Porra,
Léo, e o som?
-Vai se
fuder, Boi, e ligue o do seu carro. Olhe o do André ali também, bando de
folgados.
Nossa, meu peão bravo me deixava
completamente doida.
- E vocês dois, – apontou para Jessy
e o Dé – estou de olho.
-Leonardo,
– ralhei – tu prometestes.
-Não custa
avisar – balancei a cabeça, despedindo-me do pessoal e entrei na caminhonete,
vendo-o dar a volta e sentar no banco do motorista.
-Por que eu
insisto em te amar, Leonardo Ávila? Tu és chato, irritante, pega no pé de todo
mundo.
-És muito
simpática, não é, marrentinha?
-Mais que
tu com certeza – dei de ombros, colocando o pé, descalço, no painel.
-Está
aprendendo – olhou o que eu estava fazendo – mesmo achando que é perigoso
deixar esse pé aí – colocou a mão na minha perna.
-Não
disse... Tu és muito chato.
-Somos
idênticos, Maria Beatriz. Reparou não?
-Não –
resolvi mudar o rumo daquela conversa, beijando seu pescoço. – Então nosso dia
chegou?
-Chegou e
quero que seja inesquecível.
-Ele vai
ser. Obrigada.
-Pelo quê?
-Por também
ser romântico – deitei a cabeça no seu ombro, vendo ele nos levar pelas ruas de
Santa Maria.
-Também sei
ser perfeito – se sentiu, piscando de lado e ganhou um beliscão na costela. –
Isso dói.
-É para
doer mesmo.
-Amo você.
-Também te
amo, peão.
...
A
sexta-feira demorou a chegar, porém quando bateu na minha porta quase me fez
morrer de ansiedade.
Não sabia
se depilava, comprava uma lingerie nova ou ligava para Léo para perguntar onde
me levaria. Estava definitivamente uma pilha.
Resolvi
ligar para ele assim que saí da manicure, pelo menos saberia o que vestir.
Tirei o celular da bolsa, olhando nossa foto no visor e sorri, discando seu
número que foi prontamente atendido no segundo toque.
-Léo.
-Que voz é
essa, pequena?
-Estou
nervosa – ele gargalhou, fazendo com que encostasse ao jipe. – Não ria, amor. É
sério.
-O que foi?
-Preciso
pelo menos saber aonde tu vais me levar. Não seu o que vestir – resmunguei.
-Para o que
vamos fazer roupa é meio desnecessário, não achas?
-Só não te
mando para os quintos dos infernos, porque estou no meio da rua.
-Já mandou
– gargalhou.
-Dá para
amenizar meu nervosismo.
-Ok! Vou
aliviar essa para ti. – Léo estava extremamente de bom humor nesses últimos
dias e ficava feliz por ser a causadora daquilo. – Vou te levar em um
restaurante de verdade, nada de Mcdonald
e Araponga.
-Eu gosto
do Araponga – era nossa lanchonete
favorita e tinha a melhor batata frita da cidade.
-Eu sei,
mas hoje é diferente.
-Está bem,
algo mais sofisticado, é isso?
-Tipo ir à
missa do Padre Olavo.
-Filha
da...
-Não xinga
minha mãe, pequena. Ela está em casa fazendo o almoço.
-Vou me
arrumar, tu passas em casa que horas?
-As oito. E
avise o Delegado que vai chegar tarde – meu coração acelerou.
-Sim. E,
Léo...
-Uhm...
-Amo você.
-Também te
amo, pequena. E não se preocupe com nada, tu já eis a mais linda – sorri
apaixonada.
-Tenho que
dizer o mesmo de ti, peão.
-Adoro
quando me chama assim.
-Eu sei.
Beijos, até a noite.
-Beijo.
Até.
Desliguei,
ligando para Jessy que foi ao shopping comigo. Precisava escolher uma roupa
adequada, mas é claro que não contaria a ela sobre tudo que faríamos naquela
noite, afinal de contas, ela era minha cunhada também.
Com tudo
comprado, até a lingerie, cheguei em casa e tomei um banho relaxante que perdeu
seu status assim que desliguei o
chuveiro e escutei que Léo já estava no andar debaixo conversando com João.
Me arrumei
rapidamente, passando a chapinha no cabelo. E depois de pronta dei uma última
olhada no espelho, descendo e encontrando os dois homens da minha vida
relaxados no sofá, quer dizer, Léo estava um pouco tenso também, sentia do pé
da escada.
-Oi,
desculpe o atraso – os dois levantaram e vieram na minha direção. Havia
escolhido um vestido simples preto, na altura dos joelhos, com a meia da mesma
cor e um sobretudo também, por conta do frio.
-Tu estas
linda, pequena.
-Não está
nada mal também, peão – desci os últimos degraus, jogando-me nos seus braços –
Léo vestia uma calça jeans e uma camisa social preta.
-Vamos? –
enlaçou minha cintura.
-Vamos –
respirei fundo e percebi assim que toquei sua mão que estava suando. – Até
mais, pai – beijei o rosto de João.
-Até,
filhos. E divirtam-se.
-Pode
deixar.
Quando
chegamos ao carro comecei a rir sem parar, com Léo me olhando sem entender.
-O que foi,
pequena?
-Quem vai
perder a virgindade sou eu, mas é tu que estás nervoso – balançou a cabeça em
sinal de reprovação.
-Partindo
do pressuposto que vou tentar fazer a noite da mulher que eu amo a mais
especial de todas e essa, além de ser marrenta pra caralho, é filha do
delegado. Eu tenho motivos sim para estar nervoso, Maria Beatriz.
-Me perdoa,
só estava brincando - avancei o câmbio, o beijando docemente
-Eu sei –
tocou minha coxa, causando arrepios. – Mas quero que me prometas, caso eu faça
algo de errado, tu vais me dizer.
-Léo, tu
não farás nada de errado, amor. Eu confio em ti. E isso para mim basta.
-Ok! Vamos
jantar.
-Vamos –
sorrimos nervosos, entrelaçando nossas mãos.
Chegamos ao
Ristorante La Solera, uma das
cantinas mais antigas e charmosas da cidade e entramos depois que Léo deu seu
nome para confirmar a reserva.
-É lindo –
estava encantada.
-Eu sei. O
pai trouxe a mãe aqui no aniversário de casamento e ela adorou. Então pensei
que tu também poderias gostar.
-Eu amei.
Que romântico – suspirei.
Fizemos
nossos pedidos e Léo mandou trazer o melhor vinho, dizendo seu nome e a safra.
-Não sabia
que entendia de vinho?
-Eu e o pai
fizemos um curso, porque esse ramo está crescendo aqui no Sul. Quem sabe um dia
possamos expandir a fazenda – sorri apaixonada.
Nossos
pratos chegaram logo, o meu, um fuzile ao molho de queijo e calabresa e o de
Léo, para variar, um filé salpicado na manteiga.
-Está uma
delícia! – dei mais uma garfada, observando o movimento, que eram em sua maioria
casais, que estavam ali no mesmo clima que nós.
-Não tinha
vindo aqui antes? – tomou mais um gole do vinho.
-Não, nem
de pequena.
-Que bom
que acertei.
-Tu sempre
acertas, amor – toquei carinhosamente sua mão.
- Bia, eu
preciso te falar uma coisa – gelei naquele momento por senti-lo tencionar
novamente.
-O que foi?
-Eu sei que
é cedo, mas queria te dar uma coisa – se remexeu na cadeira tirando algo do
bolso. – Se achar loucura, que está
prematuro pode falar – Leonardo tímido? Isso sim era algo raro.
-Tu estas
me deixando nervosa – ele colocou a caixinha de veludo em cima da mesa. – Oh, meu Deus! – coloquei as mãos na
boca.
-Abre –
estava completamente sem forças para chegar até ela.
-Eu... –
será quê?
-Deixa que
eu mesmo faço isso – abriu-a e de lá de dentro apareceram duas alianças de
compromisso decoradas e bem grossas. – Sei que podes achar que estou maluco -
comecei a chorar. – Não, pequena, a gente guarda, não fica assim – fez menção
de fechar a caixa, mas fui mais rápida as tirando dele.
-São lindas
e, são minhas! – sorri, vendo-o devolver o ar para seus pulmões. – Eu amei!
Coloca? – pedi estendendo o dedo.
-Tu
gostaste mesmo?
-Se eu
gostei? – peguei a dele nas mãos e pedi seu dedo. – Eu amei – levantei beijando
seus lábios e depois sua aliança.
-Estava com
tanto medo de levar uma bronca – sorriu tímido.
-Por quê?
-Não
sei. Tu poderias achar loucura, sair
correndo e nunca mais querer me ver.
-Por causa
de uma aliança? – gargalhei.
-É.
-Vai
precisar de muito mais que isso, peão. – Léo juntou mais nossas cadeiras e me
abraçou.
-Amo você,
pequena – estendemos as mãos à nossa frente, namorando nossas alianças.
-Eu também,
amor, mais que tudo. Obrigada.
-Pelo quê?
-Por saber
ser perfeito – sorrimos e nos beijamos. E ali nosso jantar já poderia ser dado
como encerrado.
Havia
chegado a hora mais desejada por nós dois nesse tempo todo.
Iríamos
consumar nosso lindo amor.
Léo pagou a conta e assim que
chegamos perto do carro o desespero tomou conta do meu corpo. Ele percebendo,
antes de abrir a porta do passageiro para mim, prensou-me entre seu corpo e a
caminhonete, colocando as mãos uma de cada lado da minha cabeça.
-Pequena –
fez nossos olhos se encontrarem. – Se não estiver preparada...
-Eu
estou... Quer dizer, só um pouco nervosa.
-Eu quero
que seja perfeito, Bia – tocou meu rosto carinhosamente.
-Vai ser,
amor – repeti seu gesto. – Esse nervosismo é normal, não é?
-É – ele
tocou minha mão e pude perceber por sua temperatura que estava tão tenso quanto
eu.
-Vamos
fazer isso junto – sorri o abraçando.
-Com
certeza – Léo abriu a porta do carro para mim, dando a volta para o banco do
motorista.
O trajeto
começou em silêncio, mas esse foi quebrado quando o vi pegar a estrada que ia
para a fazenda.
-Para onde
estamos indo? – não tinha pensando muito no lugar até então. Esse que poderia
ser um motel, o apartamento do André, mas a fazenda?
-Para um
lugar especial – riu, apertando minha perna. – Pensei em um lugar nosso – e
como em um estalo lembrei do mirante.
-O nosso
lugar?
-Um pouco
mais aconchegante – pelo farol do carro avistei uma cabana assim que ele parou.
-Léo ?–
desci do carro e o vento frio daquele lugar me acometeu, fazendo meu corpo
tremer.
-É nossa! –
me abraçou por trás. – Construí nesses dias com a ajuda do Boi, do Dé, do pai e
de alguns peões.
-Meu Deus!–
senti lágrimas nos meus olhos – é linda!
-Vem, vamos
entrar antes que a gente vire picolé – me puxou para dentro.
A cabana
era pequena, feita de madeira, e sem nenhuma parede de separação. Havia uma
sala com uma poltrona, a cozinha ao lado, apenas com uma pia e um frigobar, e
no quarto... - Respirei fundo
aproximando-me dele. – No quarto tinha uma cama coberta com uma colcha que
parecia ser bem quentinha e uma lareira ao seu lado, já acessa.
-Perfeito –
foi só o que consegui falar.
-Rústico,
mas nosso. – abraçou meu corpo que começava a se aquecer. – Ali tem um
banheirinho – apontou para a única porta do local, tirando a da entrada.
-Léo –
virei de frente para ele, chorando copiosamente – é...
-Nosso,
pequena.
-Pedi para
o pai e ele concordou e além de tudo ajudou – sorri, escondendo o rosto no seu
peito.
-Por isso
não me trouxe aqui esses dias.
-É. Eu
quero que esse lugar seja nosso, para sempre – me apertou ainda mais a ele.
-Vai ser –
Léo ergueu meu rosto e quando nossas bocas se encontraram percebi que estava
pronta para receber todo o amor que ele tinha para me dar.
-Estou
pronta. Eu quero você, Leonardo Ávila – ele sorriu beijando a pele exposta do
meu pescoço.
-Há quanto tempo queria sentir sua
pele – Léo tirou meu sobretudo vagarosamente, descendo beijos por meu ombro. –
Sentir tu te arrepiar apenas com a minha voz – sussurrou no meu ouvido,
enquanto agarrava meu cabelo. – Te ouvir gemer meu nome baixinho.
-Léo –
instantaneamente falei, o vendo abrir o zíper do meu vestido.
-Quero
sentir sua pele, seu sabor, seu sorriso, seu brilho. Quero sentir tudo isso junto, explodindo, na
hora que estiver dentro de ti – sorri e ele nos levou até a cama, me deitando
carinhosamente e vindo para o meu lado.
-Amo você.
-Eu também,
pequena. Promete que se doer, tu me avisas?
-Prometo –
Léo me beijou e depois disso nos entregamos inteiramente um ao outro.
Tê-lo
dentro de mim, mesmo com a sensação dolorida da primeira vez, era maravilhoso.
Ali éramos
apenas eu e meu peão lindo, que também sabia ser romântico e proporcionar a sua
garota, a melhor noite da sua vida como prometido.
Léo tinha
construído nossa cabana, no lugar mais mágico que meus olhos haviam visto.
E naquela
noite, poderia me considerar a mulher mais feliz desse mundo e ter a certeza
que nada poderia me separar do meu amor. Não depois da nossa entrega mútua.
Ali
perdidos entre sussurros e gemidos eu era apenas de Leonardo e ele só meu.
Emanando amor por todos os poros e descobrindo segredos íntimos só conquistados
em uma relação verdadeira.
Na hora do
amor, Léo era o que mais falava e eu em silêncio me entregava a todas as novas
sensações. Bem diferente do nosso dia a dia, porém não menos apaixonados.
-Queria
ficar aqui para sempre – beijei seu peito.
Estávamos deitados na cama ouvindo
apenas o barulho do vento lá fora e da lareira queimando o resto da madeira.
-Eu também – apertou ainda mais
nossos corpos nus.
-Precisamos mesmo ir embora?
-Por isso disse para avisar o
Delegado que chegaria tarde.
-Tu pensas em tudo, peão.
-Gostou mesmo, pequena – acariciou
minhas costas, nos cobrindo ainda mais com a colcha que era bem quentinha.
-Se eu gostei? – subi o rosto
encontrando seu olhar brilhando. – Eu amei, amor – nos beijamos.
-Pequena, tu tens que falar se doer.
-Eu falo, só se você fizer de novo –
sorri arteira, vendo seu corpo já em cima do meu completamente pronto.
-Por isso não – me invadiu
novamente, não antes de colocar a terceira camisinha do pacote que havia
trazido.
Não poderia desejar algo mais
perfeito.
Léo tinha me proporcionado tudo em
uma única noite. O que me fazia lembrar na música que ele cantou para mim dias
atrás.
Ele realizou todos os meus segredos
mais secretos e intensos instintivamente.
E estava radiante por isso.
CENAS DO PRÓXIMO CAPÍTULO...
CENAS DO PRÓXIMO CAPÍTULO...
Mas o que encontrei assim que estacionei o jipe perto do curral fez meu coração ferver, de ódio.
Léo conversava animado com uma talzinha, completamente sem sal, que tocava seus braços musculosos.
Hei! Esses braços são meus. Não está vendo a aliança grossa no dedo dele, não?
Estava enxergando tudo vermelho que nem vi quando Boi se aproximou.
-E aí, marrentinha. A noite foi boa ontem, hein? Cheguei em casa pra lá das três e o Léo ainda não tinha chegado.
` -Quem é ela? – falei entredentes.
-Tu não vais brigar comigo hoje? Estás doente? – tocou minha testa, gargalhando.
-Eu vou repetir – meus olhos estavam fixos no casal à minha frente. – Quem é ela?
-Ela quem, sua doida? – foi aí que resolveu seguir meu dedo e percebeu de quem estava falando. – Daniela?
-Quem é Daniela, Luis Carlos?
-Ela morava vizinha da gente na outra fazenda – virei para o grandalhão na minha frente.
-E...
-E o que, marrentinha?
-Vai, Boi, desembuche.
-Tem nada não, Bia. Só que ela era louca pelo Léo quando pequena e roubou seu o primeiro beijo dele – disse simplesmente. – Mas a gente era tudo criança.
Hum marrentinha com ciúmes é terrível, acho que o Léo se ferrou....
ResponderExcluirO ciúme dos 2 é demais
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